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Opinião

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- Publicada em 31 de Dezembro de 2013 às 00:00

O campo em 2014: seremos campeões?


Jornal do Comércio
Se nada mais ocorresse além da Copa do Mundo e das eleições presidenciais, 2014 já seria um ano e tanto. Mas, em 2013, quem levou a taça foi o agronegócio, com resultados que impediram o desastre completo na macroeconomia e até permitiram algum crescimento, quando a indústria patina, apesar do IPI reduzido. O Rio Grande do Sul, que teve um crescimento econômico de mais de 6% - “um PIB chinês”, nas palavras do governador –, só conseguiu esse salto graças aos produtores rurais. Somadas todas as culturas, a produtividade na lavoura subiu 5,9% e a área plantada cresceu apenas 2,6%. Ou seja, produzimos mais com praticamente o mesmo espaço. Mas a rentabilidade do produtor esteve no fio da navalha, graças ao aumento dos insumos e fertilizantes, pressionando o custo de produção.
Se nada mais ocorresse além da Copa do Mundo e das eleições presidenciais, 2014 já seria um ano e tanto. Mas, em 2013, quem levou a taça foi o agronegócio, com resultados que impediram o desastre completo na macroeconomia e até permitiram algum crescimento, quando a indústria patina, apesar do IPI reduzido. O Rio Grande do Sul, que teve um crescimento econômico de mais de 6% - “um PIB chinês”, nas palavras do governador –, só conseguiu esse salto graças aos produtores rurais. Somadas todas as culturas, a produtividade na lavoura subiu 5,9% e a área plantada cresceu apenas 2,6%. Ou seja, produzimos mais com praticamente o mesmo espaço. Mas a rentabilidade do produtor esteve no fio da navalha, graças ao aumento dos insumos e fertilizantes, pressionando o custo de produção.
Para 2014, as perspectivas divulgadas pela Farsul apontam que o agronegócio continuará crescendo, mas o produtor não terá ganho de renda. O ano de 2014 promete a maior safra da história, com 30,2 milhões de toneladas, crescimento de 2,4% em relação a 2013 e superando os 29,7 registrados em 2011. O crescimento gaúcho de 2013 - uma reação à seca de 2012 - não deverá se repetir no próximo ano, que deve registrar uma variação de no máximo 1,95%.
O alarma em torno da lagarta helicoverpa armigera na soja já fez com que muitos sojicultores corressem às prateleiras em busca de insumos mais poderosos e, consequentemente, mais caros, sem uma análise dos riscos. Sim, a questão das pragas é um desafio, mas o produtor deve buscar enfrentá-lo numa ação conjunta com o Estado. É o que se dá, por exemplo, com o javali, que destrói lavouras e dizima cordeiros e terneiros, além de ameaçar o status sanitário dos estados do Sul. O ano de 2014 tem como grandes desafios a inflação alta e o baixo crescimento econômico, fatores que encolhem o mercado interno, além dos gargalos de competitividade – pragas em lavouras e na pecuária, estradas péssimas, portos arcaicos e armazenamento deficiente. Será muito bom ver o Brasil hexacampeão de futebol em 2014, mas será melhor ainda vê-lo continuar no pódio, entre os campeões mundiais de produção de alimentos de qualidade, com renda justa para o produtor e crescimento sadio para o País.
Presidente do Sindicato Rural de São Gabriel e vice-presidente da Farsul
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