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- Publicada em 23 de Dezembro de 2013 às 00:00

Mulheres querem anular nova executiva do PDT


NARA OSTELLO/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A recondução da atual executiva do PDT gaúcho para os próximos dois anos é considerada fraude pelas mulheres que lutam para ter espaço igualitário dentro da legenda. A “eleição” teve apenas um nome novo, o de Christopher Goulart, neto de Jango, que assumiu a vaga de Cláudio Janta, que deixou a legenda para ingressar no Solidariedade (SDD). Dos 14 membros da executiva, há apenas duas mulheres: Juliana Brizola (secretária-geral) e Salete Roszkowski (2ª secretária). No entanto, a composição da executiva deveria ser preenchida por 30% de mulheres, o que não é o caso.
A recondução da atual executiva do PDT gaúcho para os próximos dois anos é considerada fraude pelas mulheres que lutam para ter espaço igualitário dentro da legenda. A “eleição” teve apenas um nome novo, o de Christopher Goulart, neto de Jango, que assumiu a vaga de Cláudio Janta, que deixou a legenda para ingressar no Solidariedade (SDD). Dos 14 membros da executiva, há apenas duas mulheres: Juliana Brizola (secretária-geral) e Salete Roszkowski (2ª secretária). No entanto, a composição da executiva deveria ser preenchida por 30% de mulheres, o que não é o caso.
“Não vou levar este desaforo para casa, vou espernear até o final. Ou então, é melhor rasgar o estatuto”, este é o tom de revolta de Miguelina Vecchio, vice-presidente nacional do PDT e vice-presidente da Internacional Socialista para a América do Sul. Miguelina irá encaminhar ao presidente nacional Carlos Lupi uma ação para que a eleição da executiva gaúcha seja anulada. A ação é embasada pelo estatuto. “Esta eleição fere o estatuto. O presidente estadual do partido (Romildo Bolzan Júnior) tem que salvaguardar os direitos dos filiados e cumprir a norma. Foi com sangue e suor que as mulheres do PDT lutaram para que o artigo 26 fosse para o estatuto. O companheiro Leonel Brizola lutou junto conosco por este direito”, desabafou.
O PDT gaúcho tem mais de 10 mil mulheres filiadas e atuantes em 211 organizações. O partido é o que mais tem vereadoras, são 88. O não cumprimento dos 30% das cadeiras da executiva para as mulheres pode estar relacionado com a candidatura de Vieira da Cunha para o governo do Estado. Ou seja, seria melhor “deixar as coisas como estão”, interpreta Miguelina Vecchio. Segundo a dirigente nacional, “o dinheiro do fundo partidário é público, por isso capacitamos nossas militantes, nossas vereadoras. Estamos indo para a terceira capacitação das vereadoras eleitas. Na vacância de Cláudio Janta (substituído na executiva pelo vereador Christopher Goulart) havia duas mulheres na disputa, mas nenhuma teve espaço”, reclama. Miguelina encerrou a entrevista desta forma: “A executiva não tem negro, nem homossexual. Quase todos têm acima de 40 anos.  Então são quase todos homens, heterossexuais, quase todos velhos  e brancos”, disparou.
O presidente do PDT, Romildo Bolzan Júnior, não se mostrou sensível às declarações de Miguelina Vecchio e ao fato de o estatuto não estar sendo cumprido. “Não estou nada preocupado. E outra, a bola anda para frente, e não para trás.”
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