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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 23 de Dezembro de 2013 às 00:00

Porto-alegrenses precisam reconquistar as ruas


Jornal do Comércio
Existe um paradoxo atualmente em nossa cidade, como, de resto, em quase todas as capitais brasileiras: quanto mais se fala em inclusão social, mais os indicadores de crimes aumentam. Os crimes são variados, geralmente envolvendo drogas e hoje atingindo todos os estratos sociais, inclusive jovens universitários nas quadrilhas de furto de automóveis. Os porto-alegrenses talvez não avaliem bem as belezas e os prazeres que a Capital lhes proporciona, somente quando, às vezes, os perdem. É que somos mais exatos em calcular os desgostos que a cidade nos apresenta do que apreciar o que ela tem de bom. Dessa forma, arquitetos e urbanistas têm alertado para o desprazer de uma vida com uso indiscriminado e individual do automóvel, entupindo ruas de veículos, tirando o prazer de uma caminhada despreocupada e aumentando o índice de violência, com o roubo e, mais ainda, o furto de automóveis.
Existe um paradoxo atualmente em nossa cidade, como, de resto, em quase todas as capitais brasileiras: quanto mais se fala em inclusão social, mais os indicadores de crimes aumentam. Os crimes são variados, geralmente envolvendo drogas e hoje atingindo todos os estratos sociais, inclusive jovens universitários nas quadrilhas de furto de automóveis. Os porto-alegrenses talvez não avaliem bem as belezas e os prazeres que a Capital lhes proporciona, somente quando, às vezes, os perdem. É que somos mais exatos em calcular os desgostos que a cidade nos apresenta do que apreciar o que ela tem de bom. Dessa forma, arquitetos e urbanistas têm alertado para o desprazer de uma vida com uso indiscriminado e individual do automóvel, entupindo ruas de veículos, tirando o prazer de uma caminhada despreocupada e aumentando o índice de violência, com o roubo e, mais ainda, o furto de automóveis.
Os arquitetos e urbanistas estão propondo soluções para questões de Porto Alegre e outras grandes cidades. Dentre elas, o transporte público, a flexibilização de espaços e a sustentabilidade.
Os corredores de ônibus, que Porto Alegre tem há muitos anos, são questionados aqui e ali, pois eles podem representar uma agressão enorme às identidades específicas de cada bairro ou setor da cidade. Um exagero para aqueles que nasceram e se criaram na Capital. Afinal, os corredores visam, justamente, a facilitar o transporte coletivo com muito mais qualidade do que atualmente, no modelo Bus Rapid Transit (BRT), segundo ficou conhecido na sigla em inglês. Para alguns técnicos, não basta ter os corredores do ônibus, uma vez que eles são acompanhados de verticalidade - leia-se edifícios - excessiva, o que vai gerar paredões construídos ao lado desses corredores, uma verticalidade contínua.
Claro, com as facilidades – embora os altos preços – oferecidas pela construção civil, não tem como deixar de construir edifícios em zonas que têm o famoso “ônibus na porta”. Os exemplos são os da Europa, pois não se pode imaginar um corredor que cruze Porto Alegre sem se inserir nem dialogar com cada bairro que estará atravessando. É que cada bairro é diferente. Tudo em volta dos corredores de ônibus poderá se tornar muro, lobby ou hall de edifício, sem diálogo com o espaço público. As ruas se tornarão mortais para a escala humana, para os planejadores do futuro e que criticam o que está ocorrendo. Por isso, está sendo preconizada a instalação de espaços flexíveis, com pequenos comércios, ateliês e serviços pelo poder público ao longo dos eixos, para requalificar os espaços.
Hoje, algumas ruas antes tradicionais e muito frequentadas pelos porto-alegrenses quando não havia tantos automóveis e o atual Centro Histórico era apenas o Centro da cidade, tornaram-se um espaço não praticável. São locais públicos escuros, sem vida, que geram violência. Temos que construir uma Porto Alegre não apenas para os anos próximos, mas, sim, para as décadas que virão, até 2050. Os bairros são diferentes, têm a sua própria história e merecem tratamento específico. Como, por exemplo, lidar com o mobiliário e o casario do Alto da Bronze, com a urbanização vertical e progressista que se verifica nas zonas Leste, Sul e no eixo da Protásio Alves rumo a Viamão?
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