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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 13 de Novembro de 2013 às 00:00

De repente, nesta e nas próximas chuvas


Jornal do Comércio
Se a primavera continuar atribulada para os personagens da trama climatológica, com recordes de chuvas, acusações de irresponsabilidade, intrigas e confusões, isso provará que no Rio Grande do Sul temos dificuldades que se perpetuam. No próximo verão, as previsões dizem que será muito seco. Por enquanto, as chuvas torrenciais prejudicam e matam no Estado, atormentando a nossa vida coletiva. Talvez somente com grandes artistas da gestão pública conseguiremos melhorar a situação da Capital, ainda mais agora que obras estão sendo realizadas em pontos por onde, mesmo sem interrupções e chuvas, o trânsito é demasiado lento e conturbado.
Se a primavera continuar atribulada para os personagens da trama climatológica, com recordes de chuvas, acusações de irresponsabilidade, intrigas e confusões, isso provará que no Rio Grande do Sul temos dificuldades que se perpetuam. No próximo verão, as previsões dizem que será muito seco. Por enquanto, as chuvas torrenciais prejudicam e matam no Estado, atormentando a nossa vida coletiva. Talvez somente com grandes artistas da gestão pública conseguiremos melhorar a situação da Capital, ainda mais agora que obras estão sendo realizadas em pontos por onde, mesmo sem interrupções e chuvas, o trânsito é demasiado lento e conturbado.
O domingo e a segunda-feira foram uma ópera bufa em que o clima e as suas previsões deram o mote para uma das mais patéticas situações. Os institutos de meteorologia alertam que fazem apenas previsões, não certezas. Mas, mesmo com o anúncio de ventania e chuva forte, tivemos muitos problemas, gente deslocada e perdas materiais. “Não se pode dimensionar o esgotamento pluvial para precipitações muito acima da média”, afirmam os técnicos. O que é feito é uma média entre o máximo e o mínimo das chuvas que caem sobre as cidades gaúchas. As casas de bombas do Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) da prefeitura não deram conta do recado, e algumas pararam, sem energia. Agora, serão construídas outras e reformadas e dotadas de geradores de energia as que estão funcionando. Mais dois dias que entraram para a longa história de cheias e inundações dos porto-alegrenses e gaúchos. No caso de Porto Alegre, sempre volta à memória a enchente de 1941, a pior de todas. Porém, tivemos outras, em 1967 e 1983, quando a cidade também foi inundada, mas sem a gravidade de 1941.
O saneamento básico e a canalização de riachos, além da sistemática limpeza do Dilúvio, são ações perenes, rotineiras e, mesmo assim, a cidade não estará livre das inundações quando ocorrerem chuvas muito além da média normal. O Programa Integrado Socioambiental (Pisa), de cerca de R$ 600 milhões, livrará o Guaíba da brutal poluição que sofre, ao receber in natura o esgoto cloacal da maioria dos domicílios da cidade. Em uso pleno e sendo monitorado pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) em 2014, levará a Capital para algo em torno de 80% de esgoto tratado, com um conjunto de canalizações em diversos bairros. O esgoto será levado até a Serraria, lá terá decantação em diversos tanques e, por fim, também canalizado, será lançado praticamente no canal de navegação do Guaíba. Aí, espera-se, a balneabilidade voltará a diversas áreas da orla da cidade. José Loureiro da Silva, no seu primeiro mandato, entre 1937 e 1943, nomeado prefeito no governo de Getulio Vargas, retificou a urbanizou o arroio Dilúvio, projetando também as duas pistas da avenida Ipiranga. Há 51 anos, visitando com jornalistas as obras de asfaltamento da Ipiranga a partir da Barão do Amazonas, Loureiro olhou para os mais jovens e, bem visionário, aconselhou: “Comprem terrenos na avenida lá para os lados do Partenon. A Ipiranga será muito valorizada no futuro...” É, os sábios falam pouco e dizem muito, uma vez que, generalizando e abstraindo resumem tudo. Quanto aos esgotos pluviais e cloacais, previu que, se nada mais fosse feito, Porto Alegre sofreria muito. O Pisa saiu meio século depois.
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