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TECNOLOGIA

- Publicada em 05 de Novembro de 2013 às 00:00

Tablets se tornam opção para força de vendas


MASSEY FERGUSSON/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Os tablets entraram na rotina corporativa e na pauta dos times de tecnologia da informação (TI). Via de regra, o uso ainda se restringe aos principais gestores e executivos das empresas e a aplicações como bloco de notas, e-mails e navegação na internet.
Os tablets entraram na rotina corporativa e na pauta dos times de tecnologia da informação (TI). Via de regra, o uso ainda se restringe aos principais gestores e executivos das empresas e a aplicações como bloco de notas, e-mails e navegação na internet.
Com o amadurecimento desse mercado, porém, um novo leque de oportunidades começa a se desenhar. É o que comprova um estudo sobre mobilidade corporativa encomendado pela Motorola Solutions e conduzido pela Frost & Sullivan, um dos primeiros a avaliar esse mercado no Brasil. “Já vemos claramente um movimento das empresas no sentido de direcionar o uso desses dispositivos para apoiar a força de vendas, suportando softwares como de BI e CRM, e nas fábricas, para maximizar a produtividade e aumentar a geração de vantagem competitiva”, relata o consultor sênior da Frost & Sullivan para América Latina, Jayme Faria.
Em 2012, foram vendidas 247 mil unidades de tablets corporativos no País, o que representa apenas 7% do volume total do mercado no Brasil. Os tablets destinados para uso corporativo são mais robustos que os do segmento de consumo – à prova de quedas e poeira - e com maior capacidade de processamento, para rodar aplicativos de negócios.
Isso, claro, impacta o preço. Enquanto um modelo para os usuários finais custa em média US$ 350,00, o enterprise está na casa de US$ 1 mil. É um mercado que vem sendo ocupado por players como Panasonic, Motion Computing e Motorola.
Os dados mostram ainda que o uso de tablets tem o maior crescimento nos setores de varejo, de segurança, farmacêutico e financeiro. Com isso, surgem cada vez mais oportunidades para desenvolvedores focados no setor corporativo. Entre os aplicativos mais usados para os tablets estão: e-mail e softwares de suporte de vendas, como o Customer Relationship Management (CRM) e os Business Intelligence (BI).

Randon aposta nos tablets para agilizar vendas

Informações institucionais, localização dos distribuidores e possibilidade de fazer simulações para definir a escolha de produtos estão entre as funcionalidades que a equipe de TI das Empresas Randon está oferecendo em um aplicativo destinado para a área de vendas. “Hoje, o vendedor vai a campo com uma pasta e vários catálogos, tudo em papel. Com esse aplicativo, estamos tornando esse processo mais ágil e simples”, explica o gerente corporativo de TI das Empresas Randon, Carlos Roberto Arins do Nascimento. O sistema, disponível na Apple Store, possui uma área restrita, na qual os cerca de 250 distribuidores da companhia podem acessar a tabelas de preços.
Nascimento explica que foi realizada uma pesquisa para avaliar os equipamentos que a rede de distribuidores estava usando e, a partir disso, veio a decisão de começar o desenvolvimento pela plataforma da Apple. O próximo passo é fazer uma versão Android.  A Randon também se prepara para usar os tablets na fábrica, em substituição aos computadores de maior porte. Isso vai acontecer especialmente na estamparia, área em que é feita a transformação das chapas em peças.

AGCO mira mobilidade no campo

Na AGCO, os tablets viraram ferramenta de trabalho para apoiar a área de manufatura e também uma opção para facilitar a vida dos clientes finais que adquirirem as máquinas agrícolas da marca. Na linha de produção, a aplicação está sendo feita no processo de validação da qualidade dos equipamentos. Os dados da vistoria de um trator, por exemplo, antes eram colocados em uma planilha e depois digitados. Agora, o checklist ocorre em tempo real.
“O tablet é leve, o que facilita o trabalho do responsável pela vistora. Além disso, permite que rapidamente todos os envolvidos já saibam se o produto está pronto para ser enviado para a expedição”, diz o diretor de TI para a AGCO América do Sul, Felipe Soares.
O projeto foi implantado há cerca de um ano. Não foi preciso muito treinamento dos colaboradores, pois o aplicativo já vinha sendo usado – a única diferença é que passou a ser disponibilizado também nos tablets.
Quando o assunto é o cliente final, o atrativo fica por conta do AGCOmmand. O app pode ser baixado da Apple Store e permite que um fazendeiro que tenha 20 colheitadeiras, por exemplo, possa monitorar a distância todo o seu maquinário que está em campo. É possível saber o desempenho e definir alertas caso algo fora do usual aconteça. Segundo Soares, o sistema foi lançado em 2012 e a adoção tem sido muito positiva. “Ao contrário do que muitas vezes se pensa, o nível de informatização do campo e a demanda por soluções móveis é impressionante”, analisa.

Dana moderniza a inspeção de produtos

A Dana, fabricante de sistemas e componentes automotivos, apostou nos tablets para melhorar uma etapa fundamental da sua produção: a inspeção final dos produtos. Na prática, essa modernização vai representar uma mudança significativa em relação ao processo atual. Hoje, a inspeção é feita no chão de fábrica, e os responsáveis por essa etapa têm duas opções: ou imprimem o relatório, preenchem e depois passam os dados para o ERP, ou levam notebook e tentam equilibrá-lo enquanto estão embaixo de algum veículo conferindo a qualidade das peças.
Com o tablet, todas as ferramentas necessárias estarão integradas, como a câmera fotográfica e o scanner de código de barras. Um aplicativo.net instalado no dispositivo permite uma conexão direta com o ERP da empresa, no qual constam todos os itens que devem ser analisados. O projeto está em fase piloto e deve entrar em produção em dezembro. “A nossa ideia é expandir esse sistema para outros processos e unidades de negócios”, projeta o diretor de TI da Dana América do Sul, Eduardo Santa Helena. Isso inclui, por exemplo, a área de faturamento.
O investimento estimado para colocar essa aplicação rodando é de R$ 45 mil. “A expectativa é melhorar em 50% a produtividade da área de inspeção e também evitar erros, como os de digitação”, relata o gerente de Application Support da Dana Brasil, Jefferson Colares de Freitas.
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