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- Publicada em 19 de Setembro de 2013 às 00:00

Decisão do PSB nacional antecipa debate no Estado


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
A decisão do PSB nacional de deixar os cargos que ocupa no governo federal antecipou a discussão no Estado sobre a saída dos socialistas do governo Tarso Genro (PT). No entanto, o partido ainda deve permanecer na base aliada até o final do ano. Na quarta-feira, o governador de Pernambuco e provável candidato à presidência da República, Eduardo Campos - que preside o diretório nacional da sigla -, comunicou oficialmente à presidente Dilma Rousseff (PT), em reunião no Palácio do Planalto, que o partido estava entregando todos os cargos no governo.
A decisão do PSB nacional de deixar os cargos que ocupa no governo federal antecipou a discussão no Estado sobre a saída dos socialistas do governo Tarso Genro (PT). No entanto, o partido ainda deve permanecer na base aliada até o final do ano. Na quarta-feira, o governador de Pernambuco e provável candidato à presidência da República, Eduardo Campos - que preside o diretório nacional da sigla -, comunicou oficialmente à presidente Dilma Rousseff (PT), em reunião no Palácio do Planalto, que o partido estava entregando todos os cargos no governo.
De acordo com o presidente da legenda no Rio Grande do Sul, deputado federal Beto Albuquerque, a decisão ainda não impactará na posição do partido junto ao governo gaúcho. “Os desdobramentos nos estados dependerão da formação de palanques e da decisão nacional da candidatura (de Campos à presidência), que eu imagino que deva ser tomada até o final do ano”, observa.
O deputado afirma que o partido fará cinco encontros regionais no Estado, nos próximos dois meses, para discutir o posicionamento no Rio Grande do Sul. “Não poderemos conviver, tendo um candidato a presidente, com essa dicotomia. A candidatura do Tarso, que é legítima, à reeleição, é palanque da Dilma. Precisamos construir um palanque para dar sustentação à nossa candidatura”, diz, justificando a necessidade de entregar os cargos no Estado até o final do ano. Por meio de sua assessoria, o governador lembrou que o PSB já vinha sinalizando há algum tempo a intenção de deixar o governo Dilma, mas que existe uma situação específica no Rio Grande do Sul, onde o vice-governador - Beto Grill - é do PSB, e que, por este motivo, o afastamento da sigla do Executivo estadual será tratado com tranquilidade no momento adequado.
O presidente estadual do PT, deputado Raul Pont, diz que já havia conversado com Beto Albuquerque sobre o tema e que acha natural o afastamento quando o PSB compuser uma candidatura ao governo gaúcho, mas que já propôs aos socialistas um acordo para que, em 2014, se apenas uma das siglas chegar ao segundo turno, a outra garanta o apoio.
No Estado, os socialistas comandam a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), com Caleb de Oliveira, além de alguns postos em escalões inferiores. Na Assembleia Legislativa, o partido tem três deputados que integram a base de apoio de Tarso.
O líder partidário do PSB no Legislativo gaúcho, Miki Breier, ressalta que a relação dos parlamentares com o governo gaúcho será debatida a partir de agora. “A orientação nacional ao partido em relação ao governo federal é a de tomar uma postura de independência (no Congresso Nacional), o que nos leva a crer que essa posição também será tomada aqui. Mas é uma decisão para ser discutida com a executiva.”
Na mesma linha, o líder da bancada socialista na Assembleia, Heitor Schuch, diz que a decisão será coletiva, levando em conta se a sigla terá candidato próprio no Estado ou se formará uma aliança. “Temos que ouvir os vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, secretários municipais, que carregam o PSB nas costas, para que não seja uma decisão centralizada”, observa.
“Temos um compromisso com o governo, desde o princípio. Em muitos projetos, que inclusive deram desgaste aos parlamentares, votamos a favor do governo”, recorda, avaliando que não pode haver precipitação. “Nunca vi alguém fazer as malas se não tem viagem marcada”, compara.

Eduardo Campos formaliza a Dilma entrega de cargos

A executiva nacional do PSB confirmou, na quarta-feira, a entrega dos ministérios da Integração Nacional e dos Portos, além da presidência da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). O único voto contrário foi do governador do Ceará, Cid Gomes. Presidente do partido e pré-candidato à presidência da República, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, se reuniu por cerca de 40 minutos com a presidente Dilma Rousseff (PT) na tarde de quarta-feira para comunicar a decisão.
Após a reunião da executiva, o presidente do PSB afirmou que o desejo do partido, hoje, é ter candidato a presidente, mas que essa decisão só será sacramentada no ano que vem. “O PSB fez um longo debate e decidiu. Vou comunicar à presidente Dilma que estamos deixando o governo, entregando as funções que ocupamos. Deixamos assim a presidente Dilma à vontade, e estamos ficando à vontade para discutir os caminhos para o Brasil”, disse Campos. Ele afirmou que o partido continuará apoiando o governo no Congresso nas questões que considerar pertinentes.
Único dos presentes a votar contra a ruptura imediata, o governador Cid Gomes não quis fazer comentários sobre a decisão do partido. Segundo alguns dos presentes, Gomes reclamou do momento em que a decisão está sendo tomada, mas não de seu conteúdo.
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