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Conjuntura

- Publicada em 16 de Setembro de 2013 às 00:00

Número de projetos com IED registra queda


Jornal do Comércio
A velocidade mais lenta da economia fez com que o número de projetos empresariais beneficiados com o capital estrangeiro no Brasil diminuísse em 2012. Pesquisa da consultoria britânica fDi Intelligence mostra que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) alocado no mercado brasileiro foi direcionado a 432 empreendimentos no ano passado. O número é 14% menor que o visto em 2011. O levantamento mostra que 3,7% dos projetos financiados com o IED no mundo estão localizados no Brasil.

A velocidade mais lenta da economia fez com que o número de projetos empresariais beneficiados com o capital estrangeiro no Brasil diminuísse em 2012. Pesquisa da consultoria britânica fDi Intelligence mostra que o Investimento Estrangeiro Direto (IED) alocado no mercado brasileiro foi direcionado a 432 empreendimentos no ano passado. O número é 14% menor que o visto em 2011. O levantamento mostra que 3,7% dos projetos financiados com o IED no mundo estão localizados no Brasil.

O estudo realizado pela consultoria diz que o crescimento mais fraco de algumas economias reduziu o interesse estrangeiro e, por isso, o volume de projetos pagos com o capital estrangeiro diminuiu em muitos países. O documento cita nominalmente a Europa, Japão e Brasil como exemplos desse crescimento econômico “sem brilho” que está por trás da retração do IED.

Entre os empreendimentos que receberam capital estrangeiro no Brasil, a pesquisa destaca apenas um: a nova fábrica da italiana Fiat na cidade de Goiana, na Zona da Mata de Pernambuco. Segundo a consultoria fDI, a nova unidade receberá investimento total de € 2,3 bilhões e deve gerar 4.500 empregos. Atualmente em construção, a segunda fábrica da montadora Fiat no País ficará instalada a cerca de 60 quilômetros de Recife.

Após alguns anos de crescente interesse estrangeiro pelo País e forte crescimento dos volumes de IED, a pesquisa da fDi Intelligence diz que “o Chile substituiu o Brasil como a estrela no desempenho” da América Latina. Ao contrário da queda de 14% no número de projetos financiados com IED no Brasil, o Chile registrou aumento de 25% no ano passado. Na região, apenas o Chile viu aumento do IED em 2012. O estudo destaca o crescente fluxo de recursos para empreendimentos chilenos ligados às energias renováveis pelas “excelentes condições para a energia solar e a eletricidade que são demandas do setor de mineração”.

Na América Latina, apesar da queda, o Brasil ainda lidera a atração de IED com quase dois quintos de todos os projetos. Dos empreendimentos beneficiados com capital estrangeiro na região, 38,7% estão no Brasil e 21,8% no México, com 244 projetos. A Argentina, por sua vez, registrou queda de 45% e terminou o ano passado com 77 negócios financiados com dinheiro do exterior.

O estudo destaca, ainda, a desaceleração do investimento externo em direção ao conjunto dos quatro maiores países emergentes: Brasil, Rússia, Índia e China. De 2003 a 2012, os quatro países receberam, na média, 22,3% de todos os projetos de IED no mundo. No último ano desse período, porém, o ritmo era bem menor, e o grupo foi destino de 17,6% dos empreendimentos no ano passado. Em 2012, a China recebeu 944 projetos, a Índia teve 704 negócios, e a Rússia, 265.

“A desaceleração econômica no Bric e em todo o mundo possivelmente deve levar à continuidade do declínio do IED nesse grupo em 2013. No entanto, esperamos aceleração a partir de 2014”, diz o documento. Para a consultoria, o crescimento econômico mais forte, somado a fatores locais, deve aumentar a atração de recursos internacionais. A fDI cita como exemplos a Copa do Mundo em 2014 no Brasil e em 2018 na Rússia e os Jogos Olímpicos no Rio em 2016, além das reformas econômicas em execução na Índia.

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