Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

SUSTENTABILIDADE

- Publicada em 28 de Agosto de 2013 às 00:00

Indústria discute política de resíduos sólidos


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
A política nacional de resíduos sólidos (PNRS), aprovada em 2012, impôs uma nova realidade às indústrias dos mais variados setores. Entre as propostas do acordo está a proibição do envio de materiais aos aterros sanitários. Por isso, as sobras terão de estar totalmente isentas de produtos recicláveis e contaminação no futuro.
A política nacional de resíduos sólidos (PNRS), aprovada em 2012, impôs uma nova realidade às indústrias dos mais variados setores. Entre as propostas do acordo está a proibição do envio de materiais aos aterros sanitários. Por isso, as sobras terão de estar totalmente isentas de produtos recicláveis e contaminação no futuro.
O assunto ganha corpo no País e faz emergir a necessidade de implantação de sistemas capazes de separar produtos que ainda possam agregar algum tipo de valor à indústria. Neste aspecto, a geração de energia ganha papel de destaque. O tema pautou as discussões do Fórum Brasileiro de Reciclagem Energética de Resíduos Sólidos promovido pelo Sinplast (Energiplast), realizado ontem no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre.
O coordenador do evento e do comitê Sinplast de Reciclagem, Luiz Henrique Hartmann, destaca que o setor é pioneiro nas discussões por meio de um acordo nacional em fase final de avaliação. O primeiro enfoque do texto que será assinado ainda neste ano diz respeito à indústria de embalagens. “O que posso antecipar, é que toda a indústria geradora vai ter de pagar pelo que produz, ou seja, terá de informar a quantidade em toneladas da produção de embalagens e vai ter um custo mensal pago a esse acordo setorial”, projeta.
A meta, segundo ele, é gerar novas ações de logística. “Por isso, buscamos demonstrar tecnologias que contemplem a possibilidade de separar de modo automatizado os materiais passíveis de gerar valor, principalmente, energia elétrica”, resume.
De acordo com Hartmann, o Brasil vem implantando sistemas de todas as ordens e com o diferencial de serem autossustentáveis. “Todos se pagam e não demandam grandes gastos em maquinário. Antes, os custos eram inviáveis e, agora, há uma transferência tecnológica mais aceitável”, afirma.
Durante o evento, o engenheiro civil apresentou os planos da Cia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVC) - controladora de quatro aterros gaúchos (em Minas do Leão, Santa Maria, Giruá e São Leopoldo). A ideia é acoplar ao processo de mitigação das emissões de gás metano obtido via queima por meio da instalação de termelétricas.
A primeira, com capacidade de geração de 6 MW, em Minas do Leão. Em seguida, o objetivo é levar a tecnologia a São Leopoldo e Santa Maria. A empresa é responsável pelos resíduos de 250 munícipios gaúchos e possui capacidade para atender a 70% da população do Estado.
Outro projeto, programado para o munícipio de Barueri, em São Paulo, via Recuperação Energética de Resíduos, também chamou a atenção do público. O projeto orçado em RS 240 milhões, desenvolvido pela Foxx Inova Ambiental, foi apresentado pelo diretor de desenvolvimento de negócios e consiste na instalação de plantas capazes de absorver 825 mil toneladas de resíduos por dia ao longo de 30 anos.
O material deve gerar 120 MW ao ano – o suficiente para abastecer 80 mil residências. O modelo inspirado em experiências da França, Inglaterra, Itália e China é pioneiro na destinação de resíduos através de concessões no Brasil. Conforme explica o executivo, o contrato reduzirá os custos municipais de R$ 115,00 para R$ 88,00 por tonelada.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO