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O FUTURO DA TERRA

- Publicada em 16 de Agosto de 2013 às 00:00

Comitê Gestor desenvolve agricultura de baixo carbono


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
A Agricultura de Baixo Carbono é considerada um dos trunfos do País para cumprir a meta de redução de gases do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. Em quatro anos, o compromisso assumido de maneira voluntária por autoridades nacionais, durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), realizada em Copenhagen, na Dinamarca, virou política pública e encontrou no agronegócio um de seus principais aliados.
A Agricultura de Baixo Carbono é considerada um dos trunfos do País para cumprir a meta de redução de gases do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020. Em quatro anos, o compromisso assumido de maneira voluntária por autoridades nacionais, durante a Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-15), realizada em Copenhagen, na Dinamarca, virou política pública e encontrou no agronegócio um de seus principais aliados.
A temática gerou, inclusive, uma linha de crédito específica para ações enquadradas em seis linhas de atuação: implantação de viveiros, de sistemas integrados de lavoura-pecuária-floresta, agricultura orgânica e recuperação de pastagens, implantação e manutenção de florestas de dendezeiro, implantação e manutenção de florestas comerciais e manutenção de áreas de preservação permanente. Batizado de Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), os recursos estão previstos por dotação orçamentária do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) desde 2010/2011.
O Rio Grande do Sul ocupa a quinta colocação entre os estados que mais utilizam os valores destinados ao programa, com R$ 221,4 milhões, dos R$ 2,7 bilhões disponíveis. Em 2012, de um total de 9 mil contratos, 870 foram assinados por aqui – o que deixa os agricultores gaúchos na segunda posição nacional em números de financiamentos pleiteados.
O desenvolvimento da prática, no entanto, é fruto dos esforços coletivos de 25 entidades públicas, privadas e de ensino, reunidas pelo Comitê Gestor de Agricultura de Baixo Carbono. Coordenado por Milton Bernardes, que também é responsável pelas Câmaras Setoriais e Temáticas da Secretaria da Agricultura, o grupo atua no debate e na promoção do assunto há pelo menos 18 meses.
Desde então, uma série de seminários culminou com a capacitação de mais de 720 profissionais, entre médicos veterinários, biólogos e técnicos-extensionistas. Neste ano, segundo a previsão do Plano Safra Estadual, sairão mais 750 qualificações. A novidade de 2013 é que os treinamentos também terão foco diretamente nos produtores rurais.
“Preconizamos um equilíbrio. Não podemos abrir mão da produção de alimentos, mas não podemos desrespeitar as questões ambientais. É isso que buscamos. Desde que o comitê foi constituído, realizamos uma série de seminários com vistas a sensibilização, capacitação e treinamento em várias cidades-polo”, comenta Bernardes. Entre os munícipios visitados, estão Bagé, Pelotas, Palmeira das Missões, Alegrete e Porto Alegre. Os seminários complementam um calendário com outras atividades do comitê, que se reúne mensalmente para debater novas áreas de ação. Entretanto, a principal via de fomento está fundamentada na elucidação da linha de crédito do Programa ABC.

Bioma Pampa ajuda Estado a captar recursos

Por possuir um bioma único no Brasil (o Pampa), o Rio Grande do Sul  desperta o interrese do Programa de Agricultura de Baixo Carbono. De acordo com o coordenador do Comitê Gestor, Milton Bernardes, o Estado lidera a contratação de recurso na região Sul, principalmente, em razão de três especificidades.
A primeira se refere à recuperação de pastagens em áreas degradadas. Ao contrário do Cerrado, por exemplo, onde é preciso uma grande modificação para que se tenha a possibilidade de desenvolvimento da pecuária, o Pampa gaúcho, com pequenas melhorias no campo nativo, já permite inclusive a ampliação dos rendimentos, produção e rentabilidade. “Essa é uma linha importantíssima, principalmente, no que se refere à Metade Sul do Estado”, afirma.
Outro aspecto em destaque é o chamado sistema de plantio direto. As regiões do Planalto e Missões são consideradas o berço da técnica que potencializa algumas características físicas, químicas e biológicas do solo. Além disso, Bernardes chama a atenção para uma tendência que começa a tomar corpo por meio de pesquisas universitárias, ou seja, a integração lavoura-pecuária. “Essa seriam as principais linhas de ação no Estado. Sem excluir as demais, são as que possuem maior apelo e mereceriam, inclusive, um recorte especial para o Estado dento do programa nacional.”

CADEIAS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Enio Marchesan (UFSM)
Arione da Silva Pereira (Embrapa)
TECNOLOGIA RURAL
Ênio Giotto (UFSM)
João Carlos Deschamps (Ufpel)
ALTERNATIVAS AGRÍCOLAS
Leonardo José Gil Barcellos (UPF)
Anderson Vedelago (Irga) e Vilnei Heatinger
Fábio Esswein (Ecocitrus)
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Irajá Ferreira Antunes (Embrapa)
PRÊMIO ESPECIAL
José Antonio Peters (Ufpel)
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