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Opinião

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- Publicada em 27 de Junho de 2013 às 00:00

Multidões nas ruas


Jornal do Comércio
Seria risível se não fosse trágico o comportamento de grande número de comunicadores, da maioria avassaladora dos políticos e da quase totalidade dos governantes de classificarem de “difuso” o movimento que está levando às ruas verdadeiras multidões e de pedirem a identificação de “interlocutores para dialogar”. Ora, não faz muito tempo, surgiu um movimento que projetou a palavra “Chega” para sintetizar sua reivindicação maior, basicamente um basta de corrupção, de discursos vazios e mentirosos, de mau emprego do dinheiro público, enfim, de falta de transparência, de eficiência e de gestão.
Seria risível se não fosse trágico o comportamento de grande número de comunicadores, da maioria avassaladora dos políticos e da quase totalidade dos governantes de classificarem de “difuso” o movimento que está levando às ruas verdadeiras multidões e de pedirem a identificação de “interlocutores para dialogar”. Ora, não faz muito tempo, surgiu um movimento que projetou a palavra “Chega” para sintetizar sua reivindicação maior, basicamente um basta de corrupção, de discursos vazios e mentirosos, de mau emprego do dinheiro público, enfim, de falta de transparência, de eficiência e de gestão.
Mas o caldo não entornou e aquele “Basta” foi esquecido, e as autoridades continuaram sem ouvir as vozes das ruas e a praticar suas ações egoístas e, portanto, nefastas para a sociedade. Exemplo disso foi por ocasião da investidura do novo Papa, quando a presidente Dilma Rousseff (PT) foi à Roma com uma entourage de dezenas de apaniguados pelo poder e gastou uma verdadeira fortuna para dialogar com o Papa Francisco sobre “a pobreza no mundo”.
O Brasil político é muito curioso. Não passa uma semana sem que estoure uma fraude ou um grande escândalo de corrupção, e quando multidões vão às ruas, comunicadores (que noticiam diariamente as falcatruas) e políticos (que se acumpliciam com maus empresários) candidamente querem saber sobre os líderes e as reivindicações deste histórico movimento. Gostassem da velha MPB como eu e se inspirassem nela, observariam que tudo já foi dito pelos nossos grandes compositores ao longo dos anos. João Bosco, “a fome e a raiva é coisa dos home”; Gilberto Gil, “se existe um Jesus no firmamento, cá na Terra isso tem que acabar”; Paulinho da Viola, “flutua no ar o desprezo desconsiderando a razão... É sempre uma nova esperança, que a gente alimenta de sobreviver”; Chico Buarque, “a gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar”; e Gonzaguinha, “a plateia só deseja ser feliz”.
Jornalista e escritor
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