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Colunas#A voz do Pastor

Coluna

- Publicada em 27 de Junho de 2013 às 00:00

Os três grandes desafios


Jornal do Comércio
O mundo de hoje apresenta três desafios a exigirem empenho de todos: a paz, a pobreza e o meio ambiente. Se não se conseguir equacioná-los, a humanidade corre risco de extinção.
O mundo de hoje apresenta três desafios a exigirem empenho de todos: a paz, a pobreza e o meio ambiente. Se não se conseguir equacioná-los, a humanidade corre risco de extinção.
Em primeiro lugar vem a promoção da paz. Infelizmente, desde os tempos do Império Romano, vem se repetindo: “se queres a paz, prepara-te para a guerra”. E como sempre se preparou guerra, também sempre ela foi promovida. Quando, no século XX, se descobriu e se fez explodir a bomba atômica, a situação tornou-se dramática. A humanidade, em meados do século passado, já tinha armazenado armamentos capazes de destruir 25 vezes toda a Terra.
A energia atômica, que parecia a grande solução para o problema energético, virou pesadelo tanto bélico quanto no uso pacífico. À primeira vista se tratava de uma energia a custo baixo. Mas os riscos são fatais. Basta lembrar o Japão, que teve uma despesa de bilhões de dólares com seus reatores atômicos avariados. O desastre de Chernobil vitimou mais de um milhão de pessoas. Isso significa que a energia atômica não apresenta condições de segurança. Os países adiantados já se estão pronunciando contrários a seu “uso pacífico”. O risco é grande demais.
O segundo desafio, o da pobreza, não é menos grave. Não é justo que pequena parcela da humanidade se locuplete enquanto grandes camadas sociais morrem à míngua. Ficamos contentes com o governo brasileiro, empenhado no combate à pobreza, indo ao encontro das famílias mais carentes. Junto com a alimentação deve vir a promoção humana. Cristo veio para que todos tenham vida em abundância. A primeira condição para uma vida plena é a autoestima. Não basta saciar a fome se não se proporcionam os demais valores da vida, principalmente o amor.
Uma sociedade que se baseia na judicialização dos conflitos descamba para a barbárie. Onde se incentiva o ódio e se acirram as tensões, só se pode colher frutos amargos de divisão, de violência, de corrupção. Necessitamos de uma conversão de modo a fazer prevalecer os sentimentos de amizade, de carinho e de solidariedade acima das reivindicações de Justiça e de direitos. Gostaríamos de que os brasileiros não se reconhecessem apenas como concidadãos por motivos geográficos, mas se acolhessem como irmãos e irmãs, construindo juntos uma civilização do amor.
O terceiro desafio é o meio ambiente. Envolve as exigências da preservação da natureza. Mas de modo sábio. Assim como na Índia, com tanta miséria humana, se cultuam vacas sagradas, no Brasil se estabelecem árvores sagradas, tornadas intocáveis. Há tanto exagero ecológico que inevitavelmente leva à corrupção e ao menosprezo das normas públicas, com uma enorme antipatia por esse setor, tornado  ideológico e desumano. Temos, de um lado, os predadores, que destroem nossas matas, poluem nosso ar, água e terra, abatem nossas aves e animais, e, de outro lado, os ecologistas fundamentalistas, que estabelecem exigências tão absurdas que inevitavelmente devem ser burladas para se poder progredir e realizar algo na vida. Talvez, na alta esfera do esforço ecológico, haja bom senso, mas na prática, que todos sentem na pele, só se criam tensões e dificuldades totalmente contrárias ao verdadeiro bem comum. Dá-se mais valor a um animal ou a uma árvore que à vida humana.
Necessitamos de um enorme esforço para promover a paz no mundo, superar a pobreza extrema e equilibrar o uso da natureza num esforço por uma ecologia humana para garantir condições dignas para os seres humanos.
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