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Trabalho

- Publicada em 24 de Junho de 2013 às 00:00

Mulheres no trabalho são mais inovadoras


Jornal do Comércio
Depois de conquistar o mercado de trabalho, muitas mulheres não se contentam apenas em administrar a comodidade de ter um emprego formal e todas as garantias que ele traz. É o que revela um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor, que aponta que a força feminina já responde por 51% dos empreendedores brasileiros na ativa. Na comparação entre os sexos, elas têm mais facilidade para a inovação e para a retenção de talentos.
Depois de conquistar o mercado de trabalho, muitas mulheres não se contentam apenas em administrar a comodidade de ter um emprego formal e todas as garantias que ele traz. É o que revela um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor, que aponta que a força feminina já responde por 51% dos empreendedores brasileiros na ativa. Na comparação entre os sexos, elas têm mais facilidade para a inovação e para a retenção de talentos.
Outro dado, dessa vez da Endeavor, mostra que 57,7% dos homens declararam sentir dificuldades na área de recursos humanos ou no processo produtivo. Esse percentual cai para 34,6% entre o público feminino. A coordenadora da Endeavor no Rio Grande do Sul, Bruna Eboli, destaca que, enquanto os homens se concentram em áreas tradicionais, como a indústria, as mulheres inovam no processo produtivo, no marketing e nos recursos humanos, valorizando a integração da equipe. “As mulheres têm muito mais facilidade no contato com as pessoas e na melhoria dos processos”, compara.
Para a especialista, o empreendedorismo é um caminho sem volta. Cita o fato de mais de 70% dos brasileiros já pensarem em ter o seu próprio negócio para fundamentar a teoria. E a tendência é de as mulheres acompanharem essa evolução. No Rio Grande do Sul, marcam presença em, praticamente, todas as áreas, não apenas nos segmentos de moda e beleza, dominados pelo público feminino. “O ambiente industrial ainda é muito masculino”, pondera Bruna.
O consultor na área de empreendedorismo da Fundatec, José Eduardo Fróta Albuquerque, ressalta a maior capacidade de gerenciamento delas. A maioria das micros, pequenas e médias empresas têm um ciclo de vida curto, permanece em operação, em média, de 1,5 a 4,5 anos. “A maior dificuldade não é colocar um negócio, mas mantê-lo. E as pessoas não conseguem por dois aspectos básicos: pela falta de capacitação e pela falta de planejamento”, revela. No entanto, dos negócios que conseguem ultrapassar tal barreira, 67% têm mulheres à frente. “Elas têm mostrado maior capacitação, nível de organização e planejamento financeiro. O homem se baseia muito pelo intuitivo”, avalia.
Albuquerque também aposta no crescimento das mulheres no ramo empreendedor. Entre os motivos, ele ressalta a disponibilidade de saírem da zona de conforto e a busca pela qualificação. “Muitas vezes, são separadas, divorciadas ou viúvas que precisam dar um novo rumo para suas vidas”, acrescenta. No Brasil, entre 28% e 30% das empreendedoras têm entre 31 e 40 anos. Desse total, de 55% a 60% estão nas regiões Sul e Sudeste. Para Albuquerque, tal desempenho tem a ver com a disponibilidade de elas deixarem a zona de conforto do emprego formal e da casa.  “Mostram maior garra e não se importam com a tripla jornada”, diz o consultor.

Vinícola em Itaqui se destaca pela administração feminina

A inauguração da Vinícola Campos de Cima, em Itaqui, prevista para o início do próximo ano, é a consolidação do sonho de três mulheres: Hortência Ayub, 60 anos, e suas duas filhas, Manuela, 33, e Vanessa, 37. O projeto se iniciou em 2002 com o plantio de 15 hectares de vinhedos na fazenda da família, a 100 quilômetros da cidade. As mudas foram importadas da França e da Itália. O empreendimento, na sua totalidade, exigiu um investimento de R$ 1 milhão.
“Queríamos uma alternativa que não fosse o arroz e a pecuária, as principais atividades da fazenda, mas que envolvesse as mulheres”, lembra Hortência. A implantação levou em conta a potencialidade da Metade Sul no segmento. A produção começou em 2006 em parceria com outras vinícolas, e a comercialização deslanchou três anos depois. Atualmente, são produzidas cerca de 40 mil garrafas de vinho por ano. A venda é feita quase toda diretamente ao consumidor e os preços variam de R$ 18,00 a R$ 40,00 a garrafa. Os principais compradores estão em São Paulo, Porto Alegre e Brasília.
“A vinícola das mulheres”, como já ficou conhecida na região, não ganhou o nome à toa. Grande parte da mão de obra nos vinhedos é formada por elas. O marido de Hortência, o médico e pecuarista José Silva Ayub, costuma dar sua colaboração ao empreendimento. “Ele também se envolve, mas o negócio é nosso”, faz questão de frisar Hortência.
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