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Coreias

- Publicada em 28 de Março de 2013 às 00:00

Norte corta contato militar com o Sul


YONHAP/AFP/JC
Jornal do Comércio
A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira que cortou o telefone militar com a vizinha Coreia do Sul devido ao risco da retomada da guerra entre os dois países, que terminou em 1953. O corte é mais uma ameaça do país comunista, que advertiu Seul e os Estados Unidos de que pode fazer um ataque nuclear.
A Coreia do Norte anunciou nesta quarta-feira que cortou o telefone militar com a vizinha Coreia do Sul devido ao risco da retomada da guerra entre os dois países, que terminou em 1953. O corte é mais uma ameaça do país comunista, que advertiu Seul e os Estados Unidos de que pode fazer um ataque nuclear.
A tensão entre os países cresceu após o regime de Kim Jong-Un discordar da série de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra um teste nuclear realizado em fevereiro e o lançamento de um foguete em dezembro. Pyongyang ainda chamou de “hostis” os exercícios anuais entre militares norte-americanos e sul-coreanos, que começaram em março no país vizinho. Devido à insatisfação, o país havia parado de responder à linha com o Exército dos EUA, que supervisiona a zona desmilitarizada e o telefone da Cruz Vermelha.
Em nota publicada pela agência KCNA, o país afirma que não há necessidade de manter as comunicações entre o Norte e o Sul “na situação em que uma guerra pode estourar a qualquer momento”. O regime diz que é o último meio de comunicação cortado com a Coreia do Sul, mas ainda está ativo o telefone da aviação.
O Sul ainda não comentou o incidente. No entanto, funcionários consultados pela agência de notícias Associated Press mostraram preocupação com os mais de 900 sul-coreanos que estão no complexo industrial de Kaesong, do lado norte-coreano da fronteira. A instalação industrial foi criada e financiada pelos sul-coreanos, mas é operada majoritariamente por norte-coreanos para aumentar o fluxo de divisas ao país comunista e amenizar a crise humanitária vivida por sua população.
Em março de 2009, esta mesma linha foi cortada durante exercícios militares entre Estados Unidos e Coreia do Sul e religada após uma semana. No período, os funcionários sul-coreanos de Kaesong ficaram presos do lado norte-coreano. A instalação abriga 123 empresas e fornece trabalho a 50 mil norte-coreanos.
O projeto é o último da cooperação entre as duas Coreias, que começou a ser cortado após o primeiro teste nuclear, em 2006. A maior parte da ajuda foi interrompida em 2009, em represália à morte de um turista sul-coreano e ao ataque a um navio militar, que foram atribuídos ao regime comunista.
As Coreias do Norte e do Sul ainda estão tecnicamente em guerra, após o conflito civil entre 1950 e 1953 terminar com um armistício, e não um tratado. No início de março, o Norte afirmou que suspendeu a validade da trégua, apesar do não reconhecimento dos sul-coreanos.
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