Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Egito

- Publicada em 28 de Dezembro de 2012 às 00:00

Mais um ministro renuncia ao cargo


DIETER NAGL/AFP PHOTO/JC
Jornal do Comércio
O ministro para Assuntos Legais e Parlamentares do Egito, Mohammed Mahsoub, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, um dia depois de o presidente Mohamed Morsi ter prometido uma reforma na tumultuada economia do país.
O ministro para Assuntos Legais e Parlamentares do Egito, Mohammed Mahsoub, anunciou sua renúncia nesta quinta-feira, um dia depois de o presidente Mohamed Morsi ter prometido uma reforma na tumultuada economia do país.
Mahsoub disse que estava deixando o cargo porque “muitas políticas e esforços (do governo) contradizem minhas convicções pessoais”, de acordo com carta publicada na página do Facebook que pertence ao líder de seu partido, o moderado Wasat.
Ele também criticou o fracasso do governo em recuperar os recursos supostamente desviados por membros do regime de Hosni Mubarak. Sua renúncia ocorre dois dias depois de o ministro de Comunicação de Morsi, Hany Mahmud, ter deixado o governo em razão da “atual situação do país”.
Mahsoub, vice-líder do Wasat, havia apoiado Morsi contra a oposição laica durante a profunda crise política a respeito da nova Constituição, que se tornou lei na semana passada. Dias de protestos e confrontos violentos precederam o referendo constitucional. A nova lei foi redigida por um painel dominado por islamitas e boicotada por cristãos e liberais.
Em discurso feito na quarta-feira, Morsi elogiou a Constituição e disse que estudava mudanças ministeriais. “Vou implementar todas as minhas ideias para estimular a economia egípcia (...) e farei todas as mudanças necessárias para cumprir esta tarefa”, declarou o presidente.
O promotor-chefe do Egito ordenou nesta quinta-feira a realização de uma investigação sobre os líderes da oposição, depois que um advogado os acusou de incitar a queda do regime do presidente Morsi, informou um funcionário do Judiciário, em condição de anonimato. A ordem, emitida por um funcionário indicado por Morsi, deve agravar as tensões políticas, que resultaram em episódios de violência nas ruas.
A acusação, aberta no mês passado, diz que Mohammed ElBaradei - ganhador do prêmio Nobel da Paz e ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ligada à ONU -, juntamente com Amr Moussa, ex-ministro de Relações Exteriores, e Hamdeen Sabahi, que foi candidato à presidência, fizeram campanha para derrubar Morsi.
O processo não significa necessariamente que um inquérito será levado adiante, mas é incomum que promotores investiguem acusações tão amplas contra pessoas tão conhecidas. Yara Khallaf, porta-voz de Moussa, disse que não há acusações formais ou qualquer convocação para depoimento, negando-se a falar sobre o caso.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO