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Comércio Exterior

- Publicada em 17 de Dezembro de 2012 às 00:00

Cosméticos produzidos no Estado ganham o exterior


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Quatro anos atrás, frente a um mercado de artigos de beleza promissor, uma distribuidora de cosméticos gaúcha, detentora de uma clientela superior a dois mil salões de beleza no Estado, decidiu alçar voo sozinha e dar início à fabricação de itens próprios. E, apesar do pouco tempo de mercado, a QOD Cosmetic, com sede em Porto Alegre, vem observando um crescimento acelerado e conquistando importantes mercados mundo afora. Do começo com linha de no máximo quatro produtos capilares focados no uso profissional, hoje a companhia ostenta um mix superior a 90 itens, alguns dos quais chegaram recentemente ao varejo para o grande público, graças a uma ampliação que quase triplicou a capacidade produtiva da empresa.

Quatro anos atrás, frente a um mercado de artigos de beleza promissor, uma distribuidora de cosméticos gaúcha, detentora de uma clientela superior a dois mil salões de beleza no Estado, decidiu alçar voo sozinha e dar início à fabricação de itens próprios. E, apesar do pouco tempo de mercado, a QOD Cosmetic, com sede em Porto Alegre, vem observando um crescimento acelerado e conquistando importantes mercados mundo afora. Do começo com linha de no máximo quatro produtos capilares focados no uso profissional, hoje a companhia ostenta um mix superior a 90 itens, alguns dos quais chegaram recentemente ao varejo para o grande público, graças a uma ampliação que quase triplicou a capacidade produtiva da empresa.

O êxito alcançado nos últimos anos deve-se principalmente ao foco nas exportações, correspondentes a 85% da produção da QOD. Somente em 2011 foram cerca de 210 toneladas, enviadas para 60 países, montante que deve chegar a 270 toneladas até o fim deste ano. O mais novo destino dos produtos é Israel, que passa agora a ter uma representação da empresa. O contrato foi firmado com expectativa de comercialização de 12 toneladas de itens entre xampus, condicionadores e linhas de tratamentos no período de um ano. 

O diretor da QOD Cosmetic, Fernando Hilal, acredita que a parceria tem grandes chances de ser bem-sucedida. Diante de um mercado israelense bastante dependente de importações e com consumidores exigentes, Hilal aposta em produtos de alto valor agregado para estabelecer uma nova e perene relação comercial. “Ficamos três semanas negociando, com o envio de amostras”, diz. “A primeira carga será emitida em janeiro, com pouco mais de uma tonelada, mas estamos confiantes por ser um mercado bem miscigenado como o nosso e que deve responder bem dentro da demanda que eles têm lá”, completa o executivo. De acordo com ele, os principais compradores dos itens estão localizados nos Estados Unidos, Emirados Árabes, México e Inglaterra. Também está em negociações a entrada na Grécia, em Portugal e no Líbano.

O sucesso com o público estrangeiro é explicado por um conjunto de fatores. Hilal argumenta que, desde o surgimento da marca, a empresa se preocupou em detalhar nas mídias digitais as características institucionais e dos produtos, o que facilitou o contato de importadores. Além disso, ele atribui às matérias-primas orgânicas - que caem no gosto dos consumidores em busca de tratamentos sem efeitos colaterais para os cabelos – o grande trunfo para conquistar clientes. Especializada inicialmente em fornecer artigos para salões de beleza, a QOD ainda consegue agregar funcionalidade ao portfólio. 

Para dar conta da demanda internacional, que multiplicou tentáculos com um público atento aos segredos de beleza da mulher brasileira, a QOD precisou arquitetar um plano de expansão. No primeiro semestre, entrou em operação a nova fábrica da companhia, que passou de 290 metros quadrados para mais de mil metros quadrados, com estruturas específicas para cada linha de produção. O processo resultou em um salto de produção de cinco para 12 toneladas diárias entre todos os itens desenvolvidos. “Realmente precisávamos de uma planta mais universal, que tivesse produções específicas, e acabamos quase quadruplicando o tamanho da fábrica com recursos próprios (R$ 600 milhões), justamente pela necessidade de aumentar a linha de produtos”, destaca Hilal.

Marca gaúcha quer expandir no País mantendo identidade própria

Apesar de ter caído nas graças do mercado externo, a QOD Cosmetic quer ganhar mais espaço no Brasil. Para isso, já iniciou a inserção no varejo de uma linha de 20 produtos desenvolvidos especialmente para o consumidor final. “Em razão da dificuldade de entrar em alguns países e do desaquecimento do mercado mundial, enxergamos que o Brasil pode ser um mediador para não frear o nosso crescimento”, afirma o diretor Fernando Hilal, que assume o caráter exportador da companhia sem perder de vista a meta de chegar ao fim de 2013 com 30% do faturamento obtido com as vendas internas.

Dentro ou fora do País, o crescimento da companhia vai respeitar características que estão no cerne do negócio. A QOD adquire seus insumos de quatro fornecedores internacionais e não vai abrir mão de manter o padrão de qualidade alcançado até agora. A empresa trabalha para desenvolver artigos diferenciados e não tem o objetivo de fabricar itens com preços mais competitivos, passo que traria o ônus de colocar a fabricante em um duelo com gigantes do setor. “Meu cliente compra qualidade quando comprar preço não vai comprar comigo”, adverte Hilal. 

Produtos à base do badalado (e caro) óleo de argan são alguns dos que têm melhor desempenho na QOD, que se prepara para o lançamento de um produto natural que promete o efeito da escova progressiva sem a necessidade de um profissional para a aplicação. 

O executivo lembra que as formulações usadas da QOD são algumas das mais caras entre as fabricadas no Brasil, fator que, aliado a itens orgânicos e com matéria-prima de qualidade, estão garantindo não só a manutenção, mas o crescimento contínuo da empresa. “A QOD acabou surfando na onda de o Brasil ter beleza, sensualidade e produtos naturais, mas chegou aos outros países com qualidade”, resume o diretor.

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