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VENEZUELA

- Publicada em 10 de Dezembro de 2012 às 00:00

Chávez aponta possível sucessor pela primeira vez


PRESIDENCIA/AFP/JC
Jornal do Comércio
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comentou pela primeira vez sobre o futuro do país sem ele no comando, no discurso em que anunciou a sua terceira cirurgia para combater um câncer. A declaração, feita no sábado à noite, aumentou os rumores sobre sua saúde dele e sobre a sucessão presidencial no país.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comentou pela primeira vez sobre o futuro do país sem ele no comando, no discurso em que anunciou a sua terceira cirurgia para combater um câncer. A declaração, feita no sábado à noite, aumentou os rumores sobre sua saúde dele e sobre a sucessão presidencial no país.
Após 14 anos no poder e dois meses depois de ter recebido um novo mandato de seis anos em eleições, Chávez afirmou que o ex-chanceler e atual vice-presidente, Nicolás Maduro, será sua escolha para sucedê-lo caso ele “falte”. “Ele é um completo revolucionário, um homem de grande experiência, apesar da juventude, com uma grande dedicação e capacidade para trabalhar. Em um cenário em que sejamos obrigados a fazer uma nova eleição presidencial, vocês devem escolher Nicolás Maduro.”
A afirmação, feita em tom emocionado por Chávez, alimenta os rumores sobre a piora de seu estado de saúde. O temor é que, após a cirurgia, o presidente morra ou fique impossibilitado de dirigir o país, o que faria com que Maduro completasse este mandato, que dura até 10 de janeiro. Se alguma fatalidade acontecer após o início do novo mandato de Chávez, o vice-presidente assume o país e o governa até a realização de novas eleições, nos 30 dias subsequentes.
Maduro, de 50 anos, é um ex-motorista de ônibus e líder sindicalista venezuelano, que se aproximou de Chávez no início do governo. Um dos aliados mais próximos do mandatário, é muito popular entre os venezuelanos por causa de sua simpatia.
A nomeação procura fazer com que o projeto de Chávez evite o vazio político. Durante os 14 anos em que ficou no poder, o presidente não deu sinais de quem poderia ser seu sucessor. No entanto, a nomeação acontece em um momento em que a oposição está mais forte e pode faltar tempo para que Maduro consiga a influência da figura carismática de Chávez.
Os adversários do presidente saíram mais fortalecidos da última eleição, após o ex-governador de Miranda, Henrique Capriles, conseguir 44% dos votos. Com Chávez fora do cenário político, os contrários ao projeto bolivariano poderiam ter mais chances de vencer.
Os rumores sobre a piora na saúde de Chávez surgem após três semanas em que o presidente não aparecia em eventos públicos. No dia 27, ele viajou a Cuba para sessões de oxigenação hiperbárica como tratamento contra o câncer. O presidente afirmou que novas células cancerosas foram detectadas em exames realizados na semana passada, antes que ele voltasse ao país.
O regresso a Caracas foi a contragosto dos médicos, que queriam fazer a cirurgia imediatamente, mas Chávez argumentou que precisava fazer um novo pedido aos parlamentares para sair do país. No primeiro semestre deste ano, ele ficou mais tempo em tratamento em Cuba que no próprio território venezuelano.
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