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- Publicada em 10 de Dezembro de 2012 às 00:00

Celulose começa compras para expansão


Jornal do Comércio
Os primeiros passos da ampliação da fábrica da Celulose Riograndense, que envolverá quase R$ 5 bilhões em investimentos privados em Guaíba, serão dados neste mês com a compra de grupos de turbogeradores de energia que darão autossuficiência à futura planta. Dos 170 megawatts gerados, 30 serão vendidos ao sistema geral de abastecimento. Três fabricantes multinacionais - Siemens, Kawasaki e MAN - disputarão a encomenda em negociações que ocorrerão até o Natal, informou o diretor-presidente da unidade, pertencente ao grupo chileno CMPC, Walter Lídio Nunes.
Os primeiros passos da ampliação da fábrica da Celulose Riograndense, que envolverá quase R$ 5 bilhões em investimentos privados em Guaíba, serão dados neste mês com a compra de grupos de turbogeradores de energia que darão autossuficiência à futura planta. Dos 170 megawatts gerados, 30 serão vendidos ao sistema geral de abastecimento. Três fabricantes multinacionais - Siemens, Kawasaki e MAN - disputarão a encomenda em negociações que ocorrerão até o Natal, informou o diretor-presidente da unidade, pertencente ao grupo chileno CMPC, Walter Lídio Nunes.
Até março, Nunes pretende definir fornecedores para 75% do volume de investimentos previstos. O executivo, que se reuniu com jornalistas na sexta-feira passada, em Porto Alegre, avisa que fabricantes do Estado devem se mexer e tentar ser competitivos nas propostas.
A empresa, que contará com até R$ 2,5 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), prevê contratações de materiais e serviços por pacotes, o chamado EPC (Enginnering, Procurement and Construction). Com este sistema (serão 18 grupos), Nunes espera ter melhor gestão nos custos e no controle da execução que começa em janeiro. A planta busca eficiência, um dos trunfos, admite o CEO, para conseguir competir no confronto mundial da commodity. “Quem tem custo maior deixa de produzir, posso garantir que não vamos parar”, traduziu o diretor-presidente, que posiciona este fator como essencial no confronto de mercado nos próximos anos. Até a largada da nova capacidade (que passará das atuais 450 mil toneladas de celulose de fibra curta - oriunda do eucalipto - para 1,75 milhão de toneladas – com exportação entre 85% e 90% da produção), o setor não deve navegar em águas calmas.
Há queda de demanda no mundo (efeito da crise na Europa e nos Estados Unidos), ao lado de aumento na capacidade. No Brasil, quarto produtor mundial com quase 14 milhões de toneladas (dados de 2011), serão pelos menos três novas unidades até 2014 – projeto Eldorado, em Três Lagoas (MG), do grupo JBS, a ser inaugurada neste mês, Suzano e Fibria. A sueco-finlandesa Stora Enso produzirá 1 milhão de toneladas em 2013, no Uruguai, para onde migrou devido a limites para comprar terras no Brasil. O diretor-presidente da Riograndense descarta que o cenário comprometa resultados. Mesmo a elevação recente de preços (Suzano e Fibria), que deve ser seguida pelo grupo chileno, deve se estabilizar. O valor de referência da tonelada é de US$ 750,00. “Sobe agora e cai até fim de 2013”, aposta Nunes. Alegando que terá uma das plantas com melhor produtividade (preço e custo), o CEO cita que ocorre corte anual de 1 milhão de toneladas da capacidade mundial, graças à desativação de plantas antigas e ao custo elevado nos Estados Unidos e na Europa. 
O diretor-presidente mandou um recado a fabricantes e prestadores de serviços do Estado, prevenindo que o prazo está aberto para apresentação de propostas. “A intenção é de contratar mais fornecedores locais, mas teremos a mesma exigência dos demais fornecedores.” Outra preocupação agora é garantir mão de obra na construção e na montagem. Serão geradas 8 mil vagas diretas em 25 meses. Na operação, serão 2,5 mil empregos. Os postos totais, entre diretos e indiretos, podem chegar a 27 mil. A aquisição de terras para formar uma base florestal foi descartada. A compra de cem mil hectares da Fibria por R$ 617 milhões neste ano completou a necessidade, mas o negócio ainda depende do arranjo jurídico para atender à legislação brasileira de terras. Nunes defende a criação do Conselho Nacional de Terras (CNT), que avaliaria o uso das áreas e o impacto ao desenvolvimento, sem considerar apenas a nacionalidade dos donos. A celulose também negocia com o Estado a área no porto de Rio Grande para os embarques, e tudo indica que deve ser onde já tem hoje a operação.

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