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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 10 de Dezembro de 2012 às 00:00

Recuperando o crescimento econômico em 2013


Jornal do Comércio
Guaíba e Rio Grande do Sul não têm do que reclamar. Não com o já previsto, e confirmado, espetacular investimento de R$ 5 bilhões da Celulose Riograndense. De onde o governo estadual tiraria este valor? Quando sairia um investimento deste vulto se esperássemos pelo Tesouro do Estado? O governador Tarso Genro agiu bem. Por meses, insistiu, telefonou e viu que os sonhos podem, sim, tornarem-se realidade. Porém, no exterior, analistas estão pessimistas com a nossa economia, devido ao pífio crescimento de 0,6% no terceiro trimestre de 2012. Para alguns, o Brasil, apesar de já ter entrado no seleto rol de emergentes da economia mundial, tende a permanecer preso ao seu restrito círculo de influência, nunca será potência global. É um exagero, mas preocupa. Dizem que permaneceremos uma superpotência econômica regional, a menos que ocorra um milagre. Os Estados Unidos da América (EUA), na nova ordem mundial, terão que dividir a sua hegemonia. Em 2013, a previsão é de uma piora econômica na Europa e nos EUA, porque a recuperação continuará lenta. Neste contexto, o modelo brasileiro, de estimular o consumo diante da desaceleração, não é mais sustentável.
Guaíba e Rio Grande do Sul não têm do que reclamar. Não com o já previsto, e confirmado, espetacular investimento de R$ 5 bilhões da Celulose Riograndense. De onde o governo estadual tiraria este valor? Quando sairia um investimento deste vulto se esperássemos pelo Tesouro do Estado? O governador Tarso Genro agiu bem. Por meses, insistiu, telefonou e viu que os sonhos podem, sim, tornarem-se realidade. Porém, no exterior, analistas estão pessimistas com a nossa economia, devido ao pífio crescimento de 0,6% no terceiro trimestre de 2012. Para alguns, o Brasil, apesar de já ter entrado no seleto rol de emergentes da economia mundial, tende a permanecer preso ao seu restrito círculo de influência, nunca será potência global. É um exagero, mas preocupa. Dizem que permaneceremos uma superpotência econômica regional, a menos que ocorra um milagre. Os Estados Unidos da América (EUA), na nova ordem mundial, terão que dividir a sua hegemonia. Em 2013, a previsão é de uma piora econômica na Europa e nos EUA, porque a recuperação continuará lenta. Neste contexto, o modelo brasileiro, de estimular o consumo diante da desaceleração, não é mais sustentável.
A crise financeira da eurozona e o débil, ou negativo, crescimento do PIB são fatores que colocam em sério risco as empresas de Europa, Oriente Médio e África no ano que vem, segundo análise da agência de risco Moody’s. A organização observa que está aumentando o perigo de que o mal-estar econômico da Europa se estenda dos países do Sul para os do Norte. Entre nós, os custos de financiamento, embora venham caindo, ainda são altos, há burocracia demais e o sistema tributário continua complexo. Para brilhar a partir de 2013, o Brasil precisa dobrar a sua taxa de investimentos, e não se sabe de onde vai tirar esse dinheiro. A Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos serão um atrativo, como foram para todos os países que os sediaram. Mas e depois? Precisaremos voltar às velhas questões: quão competitivo é o País e quão qualificada é a mão de obra? O Brasil de hoje não é a nação de dez, nem sequer de cinco, anos atrás. As mesmas políticas não vão funcionar. Agora, educação, ciência e tecnologia cobram seu preço. Os problemas que o Brasil precisa resolver são muitos e não podem ser consertados de um dia para o outro. Não são desequilíbrios macroeconômicos, são problemas sistêmicos e profundos. Há desenvolvimento na infraestrutura, mas somos um país enorme. Isso traz uma série de desafios para o transporte. Além do mais, o problema não é só de eficiência econômica: inclui também a pobreza e a desigualdade de renda, que estão ligados ao crime. Há projetos para infraestrutura, inovação e produtividade, e os mais pobres têm ascendido à classe média. O governo federal está se concentrando exatamente onde é necessário, mas ainda precisa apagar incêndios para evitar uma desaceleração. A questão é se o mundo vai continuar investindo na infraestrutura brasileira se não perceber um retorno rápido nos seus planos. Os investidores não gostam de prazos longos. Começa-se a falar em dez anos, e eles vão para outros lugares. Enfim, a crise mundial ensinou que nenhuma nação está totalmente segura no mundo globalizado.
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