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CONSUMO

- Publicada em 06 de Dezembro de 2012 às 00:00

Produtos in natura deixam cesta básica mais barata


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
A soma dos produtos da cesta básica em novembro chegou a R$ 286,83. Segundo o levantamento do Dieese, o valor é 6,18% menor do que o verificado no mês passado, um reflexo direto do barateamento dos produtos in natura, conforme a economista Daniela Sandi, que apresentou os dados regionais ontem em Porto Alegre. A maior queda foi verificada no preço do tomate, que caiu 36,4% de um mês para outro.
A soma dos produtos da cesta básica em novembro chegou a R$ 286,83. Segundo o levantamento do Dieese, o valor é 6,18% menor do que o verificado no mês passado, um reflexo direto do barateamento dos produtos in natura, conforme a economista Daniela Sandi, que apresentou os dados regionais ontem em Porto Alegre. A maior queda foi verificada no preço do tomate, que caiu 36,4% de um mês para outro.
“O clima está mais favorável à retomada da oferta de produtos in natura, que, em função da estiagem no Sul e das chuvas no Centro do País, tiveram altas expressivas na metade do ano”, afirmou. Além do tomate, a batata (-14,16%), a banana (-8,13%) e a carne (-0,36%) também apresentaram reduções de preço. “A carne representa quase 35% do gasto mensal e a retração no preço do quilo se justifica pela melhora na oferta de pastagens”, acrescentou Daniela.
Os preços da farinha, do pão e do açúcar ficaram estáveis. Já entre as variações positivas, as maiores altas foram registradas na manteiga (7,34%), no arroz (4,17%) e no óleo (3,19%). Quando analisada a variação da cesta básica entre janeiro e novembro, percebe-se um aumento de 3,6% nos preços, porém quando o período observado é de 12 meses, a variação fica em 2,57% - um patamar menor do que a inflação, estimada em 6% pela variação do INPC nos 12 meses.
O Dieese apontou, ainda, que o valor da cesta básica representou em novembro 50,12% do salário-mínimo líquido, contra 53,43% em outubro de 2012 e 55,77% em novembro do ano passado. O trabalhador que recebe essa remuneração precisou trabalhar 101 horas e 27 minutos para adquirir os alimentos, jornada inferior à necessária em outubro (108 horas e 8 minutos) e em novembro do ano passado (112 horas e 53 minutos).
Na comparação nacional, Porto Alegre ficou como a terceira capital mais cara do País, atrás de São Paulo (R$ 299,26) e Vitória (R$ 295,31). Das 17 capitais pesquisadas, o Dieese encontrou preços mais baixos em 13 cidades. Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 205,63), Salvador (R$ 220,49) e João Pessoa (R$ 235,35).
A variação da cesta básica, desde o início do Plano Real, em 1994, foi de 358,69%, enquanto o INPC aumentou 330,35% e o salário-mínimo subiu 860,02%. “Apesar do ganho real do salário-mínimo, o valor atual de R$ 622 ainda está muito aquém das necessidades da família brasileira. Em novembro, para que o salário-mínimo cumprisse sua função constitucional de garantir o sustento de uma família de quatro pessoas, ele deveria ter sido de R$ 2.514,09”, salientou.
A economista lembra que há uma tendência sazonal de queda nos preços da cesta básica em dezembro (no ano passado, a retração foi de 0,99% na Capital), e as perspectivas são positivas para os próximos meses também.
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