Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Caso Eliseu Santos

- Publicada em 09 de Novembro de 2012 às 00:00

Audiência final é adiada


Jornal do Comércio
Pela segunda vez, em menos de um mês, a audiência para ouvir as últimas três testemunhas de defesa dos acusados do assassinato do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos (PTB) foi adiada. Prevista inicialmente para 19 de outubro, havia sido transferida para quinta-feira, porque um dos acusados teve de passar por um procedimento médico. Porém, a defesa do réu Jorge Renato Hardoff de Mello foi alterada, e a nova advogada, Eliana Matte, pediu mais tempo para se inteirar do caso.
Pela segunda vez, em menos de um mês, a audiência para ouvir as últimas três testemunhas de defesa dos acusados do assassinato do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre Eliseu Santos (PTB) foi adiada. Prevista inicialmente para 19 de outubro, havia sido transferida para quinta-feira, porque um dos acusados teve de passar por um procedimento médico. Porém, a defesa do réu Jorge Renato Hardoff de Mello foi alterada, e a nova advogada, Eliana Matte, pediu mais tempo para se inteirar do caso.
O juiz Volnei dos Santos Coelho remarcou a audiência para 22 de janeiro de 2013, quase dois anos e 11 meses depois da data do crime. Na sequência das testemunhas, se inicia o interrogatório dos réus. Depois, será dado um prazo para o Ministério Público e a defesa fazerem suas alegações finais, para, então, o magistrado definir se os acusados vão a júri popular ou se serão julgados por uma vara criminal.
Na noite de 26 de fevereiro de 2010, o ex-secretário saía de um culto evangélico na rua Hof-fmann - bairro Floresta - na Capital, acompanhado da esposa, Denise Goulart Silva, e da filha Mariana, quando foi assassinado a tiros.  As duas já estavam dentro do carro quando ele foi abordado. Santos ainda conseguiu balear um dos criminosos.
A investigação da morte do ex-secretário acabou colocando a Polícia Civil e o Ministério Público (MP) em lados opostos. Em 15 de março daquele ano, a Delegacia de Homicídios concluiu o inquérito, denunciando Eliseu Pompeu Gomes, Fernando Junior Treib Krol e Robinson Teixeira dos Santos por homicídio. O titular da delegacia, na época, Bolívar Llantada, chegou à conclusão de que foi um latrocínio: uma tentativa de roubo de carroque resultou na morte da vítima.
De posse do inquérito, em 1 de abril do mesmo ano, o MP denunciou à Justiça os três indiciados pela polícia e mais cinco pessoas, desconsiderando a ideia de latrocínio. Para a promotoria, foi um assassinato encomendado pelos donos da empresa Reação - Jorge Renato Hordoff de Mello e Marcelo Machado Pio -, que prestava segurança para os postos de saúde da Capital. Além dos dois, foram denunciados Marco Antônio de Souza Bernardes, que trabalhava como cargo comissionado (CC) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS); Janine Ferri Bitello, auxiliar de enfermagem que teria feito curativos em um dos criminosos baleados pelo ex-secretário; e Marcelo Dias Souza. Depois de novas diligências, o MP denunciou mais três pessoas em maio de 2010: o presidente do PTB - na época - José Carlos Elmer Brack; Cássio Medeiros de Abreu, ex-CC do PTB na prefeitura; e o presidiário e ex-funcionário da empresa Reação Jonatas Pompeu Gomes.
A tese de execução premeditada foi construída a partir de fatores não levados em conta pela polícia. Santos foi morto no dia em que o MP denunciou à Justiça um esquema de propinas na SMS, indicando que a empresa de segurança pagava até R$ 30 mil por mês para manter o contrato. Uma sindicância havia sido instaurada pelo ex-secretário, o que resultou no cancelamento do contrato com a empresa Reação e na demissão de Bernardes. Os promotores concluíram que os autores queriam garantir a impunidade do delito, intimidando, com a morte da vítima, pessoas que soubessem dos fatos a falarem a respeito e impedindo, acima de tudo, qualquer depoimento do ex-titular da pasta da Saúde.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO