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DEMOGRAFIA

- Publicada em 09 de Novembro de 2012 às 00:00

Estado terá um milhão de habitantes a menos em 2050


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
O Rio Grande do Sul foi o estado em que o contingente populacional menos cresceu no Brasil, proporcionalmente, na última década. Enquanto no Brasil a população cresceu 12,3% de 2000 a 2010, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Estado, o crescimento foi de 5%. A diferença aponta para a tendência de que sejamos a primeira unidade da federação a apresentar queda populacional. Dados apresentados nesta quinta-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) apontam nessa direção e deixam mais claro como deve ser o futuro do Estado no quesito população.
O Rio Grande do Sul foi o estado em que o contingente populacional menos cresceu no Brasil, proporcionalmente, na última década. Enquanto no Brasil a população cresceu 12,3% de 2000 a 2010, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Estado, o crescimento foi de 5%. A diferença aponta para a tendência de que sejamos a primeira unidade da federação a apresentar queda populacional. Dados apresentados nesta quinta-feira pela Fundação de Economia e Estatística (FEE) apontam nessa direção e deixam mais claro como deve ser o futuro do Estado no quesito população.
Conforme o Censo Demográfico de 2010, a população gaúcha era de 10.693.929 pessoas, apresentando um crescimento anual de 0,49%. O índice é menos da metade do identificado no ano 2000 (1,22%), quando a população estadual era de 10.187.798 pessoas.
As projeções da FEE indicam a permanência de um cenário de crescimento populacional por um período curto de tempo no Rio Grande do Sul. De acordo com o estudo, o número de gaúchos seguirá aumentando até por volta de 2025, quando o total da população chegará aos 11,07 milhões. A partir daí, o cenário muda, tendo início a redução populacional.
“O principal motivo dessa inversão do quadro é a queda da taxa de fecundidade no Estado, pois a população não está se repondo”, observa Pedro Zuanazzi, estatístico da fundação que elaborou o trabalho junto com Marilene Bandeira. A taxa de fecundidade no Brasil em 2010 era de 1,86 filho por mulher, e de 1,75 na região Sul. “Se um casal tiver menos de dois filhos, a população não se repõe, pois eles não estarão substituindo a si próprios”, ressalta o estatístico. O estudo da FEE projeta as mudanças até o ano de 2050, quando a população gaúcha deverá girar em torno de 9,7 milhões. Desta forma, se as projeções se concretizarem, o Estado terá 984.059 habitantes a menos em 2050 se comparado com 2010.

Entre as alterações, está a do número de jovens, de idosos e da população potencialmente ativa. A análise mostra que o total de jovens (até 14 anos), que hoje é de 2,23 milhões, passará a ser de 1,9 milhão em 2025 e cairá para 1,25 milhão em 2050. No que diz respeito aos idosos (com 65 anos ou mais), a curva será no sentido contrário. Em 2010, esse contingente era de 995 mil pessoas. A projeção aponta que, em 2025, será de 1,63 milhão, pulando para 2,24 milhões em 2050. Já em relação aos potencialmente ativos (de 15 a 64 anos), o número, que em 2010 era de 7,47 milhões, subirá até 7,7 milhões, em 2020, atingindo o seu ápice, quando passará a cair e chegará a 6,2 milhões em 2050. Assim, a população gaúcha em 2050 deverá ser composta por 12,9% de jovens, 63,9% de pessoas entre 15 e 64 anos e 23,1% de idosos.

Essas três mudanças deverão implicar impactos significativos em diversas áreas do Estado, exigindo politicas públicas diferenciadas. O estudo mostra que, até 2015, a proporção de pessoas potencialmente em idade para trabalhar será maior do que no ano anterior. A partir deste momento, essa proporção será menor do que a do ano anterior. “Menor população potencialmente ativa significa menos gente trabalhando e pode trazer impactos na Previdência, por exemplo, e também na imigração, fazendo com que mais gente de fora do Estado venha para cá (para suprir essa carência). Além disso, com mais idosos, será necessário mais atenção à saúde e, com menos jovens, a necessidade de mais escolas será diminuída e a atenção à qualidade do ensino deve crescer”, enfatiza Zuanazzi. A fundação espera que o trabalho sirva de insumo à elaboração de políticas públicas visando ao novo cenário.
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