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CONSUMO

- Publicada em 08 de Novembro de 2012 às 00:00

Aumenta endividamento das famílias no Estado


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
O endividamento das famílias gaúchas cresceu 3,7 pontos percentuais entre setembro e outubro, atingindo 70,2%. Em igual período, o índice de gaúchos com dívidas em atraso saltou de 30% para 35,5%, e o de pessoas sem condições de pagar as pendências cresceu de 3,2% para 9,1%. Os dados foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS através da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor Gaúcho (Peic).
O endividamento das famílias gaúchas cresceu 3,7 pontos percentuais entre setembro e outubro, atingindo 70,2%. Em igual período, o índice de gaúchos com dívidas em atraso saltou de 30% para 35,5%, e o de pessoas sem condições de pagar as pendências cresceu de 3,2% para 9,1%. Os dados foram divulgados ontem pela Fecomércio-RS através da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor Gaúcho (Peic).
Na comparação com outubro de 2011, a Peic apresentou evolução de 5,2 pontos percentuais em relação à quantidade de famílias endividadas, 12 pontos em relação aos endividados com contas em atraso e 3,7 pontos na quantidade de pessoas sem condições de pagar as contas. Mesmo assim, o resultado constatado no mês passado está dentro da normalidade, na avaliação do assessor econômico da Fecomércio-RS Lucas Schifino. “Estamos em uma conjuntura com os juros em queda, o que faz com que o crédito seja mais barato e o consumidor seja estimulado a se endividar. Durante todo o ano, tivemos níveis controlados de endividamento. Em outubro, houve um pequeno aumento, mas continua dentro da média histórica”, diz.
O cartão de crédito (73,8%) é o principal tipo de dívida no Estado. Na sequência, aparecem carnês (53,4%) e cheque especial (25,4%). Nas famílias com renda de até 10 salários-mínimos mensais, o dinheiro de plástico responde por 71,1% de algum tipo de dívida. Já nas famílias que recebem mais de 10 salários-mínimos a cada 30 dias, esta forma de pagamento é responsável por 85% dos débitos. Ainda entre a parcela mais abastada da população, há endividamento acima da média geral também em cheque especial (40%), carnês (62%) e financiamento de carro (31%).
Para 70,3% dos entrevistados na pesquisa em outubro, as dívidas correspondem de 11% a 50% da renda mensal. Em média, as famílias gaúchas comprometem 29% da renda com suas contas. Entre os endividados, o tempo de comprometimento com as pendências fica em 7,8 meses. Além disso, o período médio de atraso de pagamento fica em 70 dias. Para quem possui renda mensal de até 10 salários-mínimos, esse prazo é de 67 dias. Quem recebe acima disso, costuma atrasar em 82 dias o pagamento.
Segundo Schifino, é difícil projetar o cenário do endividamento para os próximos meses. Mesmo com o tradicional aumento nos níveis de consumo, motivado principalmente pelo Natal, é possível haver redução no endividamento. Isso só ocorreria no caso de muitos trabalhadores usarem parte do 13º salário para saldar suas pendências.
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