Sem rolha, sem cápsula, em certos casos sequer a própria garrafa está presente. É dessa forma que estão chegando ao mercado vinhos de conceituados produtores, com racionalização de custos e a possibilidade de preços finais vantajosos, além de oferecer a bebida aos consumidores em quantidades exatas para suas momentâneas necessidades.
As fórmulas são várias e podem começar na própria vinícola, como demonstra a foto, colhida em Nova Iorque antes da passagem do furacão Sandy: vinho de Bordeaux acondicionado em um saco de três litros, fechado a vácuo, protegido por uma caixa de madeira - pela torneirinha cada conviva serve-se à vontade, tornando a embalagem muito adequada a festas e recepções. Que os americanos se rendam à praticidade do sistema bag-in-box compreende-se, já os franceses, causa um leve espanto, tão apegados que são às suas tradições...
Outra possibilidade está na adoção das tampas de rosca, como ousou fazer a Salton com sua linha Volpi, por enquanto apenas nas garrafas de Pinot Noir e Chardonnay, ambos elaborados com uvas cultivadas em Bagé. Medida lastreada basicamente por economia na produção, endossada pelo principal enólogo da centenária vinícola.
A estratégia do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) de enlaçar vinho e Carnaval levou-o a promover testes de degustação às cegas na quadra da Vai Vai, escola de samba de São Paulo que irá desfilar com tema-enredo sobre Vinhos do Brasil. O tinto escolhido entre cinco marcas foi o Arbo Merlot, lançado este ano pela Vinícola Perini em garrafas de 750ml. Durante o Carnaval de 2013, ele estará disponível nos ensaios e eventos da escola em coloridas caixinhas de 250ml.
Não imagino um jantar romântico em que o apaixonado anfitrião vá servir vinho sem usar saca-rolha, um imaculado guardanapo para envolver a garrafa etc. Mas vamos combinar que tudo isso não teria espaço em um baile ou arquibancada de Carnaval, por exemplo. Então, que se bebam vinhos em quaisquer situações, da forma mais adequada a cada uma delas.
Chope e cerveja