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Sou jornalista, marido e pai. Fico chocado com algumas posições sobre a descriminalização de substâncias tóxicas. Revoltam-me alguns argumentos empregados por pessoas que se dizem especialistas no assunto. Gente que, pelo jeito, nunca circulou pelas baladas de Porto Alegre ou conversou com pais de adolescentes. Qualquer tipo de liberalização tem o meu repúdio porque tenho um casal de filhos, de 16 e 18 anos, e converso diariamente com seus amigos e colegas de aula. Presencio episódios chocantes motivados pelo consumo de drogas, lícitas ou não, responsáveis por comportamentos impensáveis caso estivessem “de cara limpa”. Procuro manter uma relação aberta com a gurizada. Eles contam sobre hábitos dos amigos em festas, não escondem o vício de alguns deles. Se alguém duvidar, converse com professores, treinadores esportivos ou qualquer educador. Vão confirmar que as estatísticas divulgadas estão muito longe da realidade que pode ser confirmada em bares, escolas, ginásios, estádios de futebol ou shopping centers. Usar o argumento de que a liberdade é capaz de a tudo regular é esconder-se atrás do biombo do simplismo. A droga tem um poder tão devastador que já invadiu os pequenos municípios e o perímetro rural, tornando-se uma epidemia do mundo moderno. Lamento que articulistas com generosos espaços na mídia condenem quem combate o uso de drogas baseado no cotidiano. Uma orientadora pedagógica de um colégio tradicional da Capital me disse a seguinte frase: “Os casos mais graves e precoces de consumo de drogas florescem em famílias onde os pais invocam a liberdade total dos filhos, ignoram o que ocorre à sua volta e preferem viver sua própria vida. Desconhecem os amigos, colegas e os ambientes habitualmente frequentados pelos filhos”. Liberdade vigiada nada tem a ver com repressão. Questionar, informar-se sobre os amigos e conhecer os lugares onde costumam ir não significa invadir a privacidade dos filhos. Abandonados e pressionados pela força do grupo muitas vezes cedem. E neste momento é preciso estar ao lado deles para que tenham chance de ganhar das drogas, mas a luta é diária!
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Sou jornalista, marido e pai. Fico chocado com algumas posições sobre a descriminalização de substâncias tóxicas. Revoltam-me alguns argumentos empregados por pessoas que se dizem especialistas no assunto. Gente que, pelo jeito, nunca circulou pelas baladas de Porto Alegre ou conversou com pais de adolescentes. Qualquer tipo de liberalização tem o meu repúdio porque tenho um casal de filhos, de 16 e 18 anos, e converso diariamente com seus amigos e colegas de aula. Presencio episódios chocantes motivados pelo consumo de drogas, lícitas ou não, responsáveis por comportamentos impensáveis caso estivessem “de cara limpa”. Procuro manter uma relação aberta com a gurizada. Eles contam sobre hábitos dos amigos em festas, não escondem o vício de alguns deles. Se alguém duvidar, converse com professores, treinadores esportivos ou qualquer educador. Vão confirmar que as estatísticas divulgadas estão muito longe da realidade que pode ser confirmada em bares, escolas, ginásios, estádios de futebol ou shopping centers. Usar o argumento de que a liberdade é capaz de a tudo regular é esconder-se atrás do biombo do simplismo. A droga tem um poder tão devastador que já invadiu os pequenos municípios e o perímetro rural, tornando-se uma epidemia do mundo moderno. Lamento que articulistas com generosos espaços na mídia condenem quem combate o uso de drogas baseado no cotidiano. Uma orientadora pedagógica de um colégio tradicional da Capital me disse a seguinte frase: “Os casos mais graves e precoces de consumo de drogas florescem em famílias onde os pais invocam a liberdade total dos filhos, ignoram o que ocorre à sua volta e preferem viver sua própria vida. Desconhecem os amigos, colegas e os ambientes habitualmente frequentados pelos filhos”. Liberdade vigiada nada tem a ver com repressão. Questionar, informar-se sobre os amigos e conhecer os lugares onde costumam ir não significa invadir a privacidade dos filhos. Abandonados e pressionados pela força do grupo muitas vezes cedem. E neste momento é preciso estar ao lado deles para que tenham chance de ganhar das drogas, mas a luta é diária!