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PRÊMIO O FUTURO DA TERRA

- Publicada em 23 de Agosto de 2012 às 00:00

Pesquisa de Rombaldi busca fruta e hortaliça perfeitas


ARQUIVO PESSOAL/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A busca por frutas e hortaliças duráveis, de boa aparência, saudáveis e gostosas é a missão do professor e pesquisador do Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cesar Valmor Rombaldi. Ele trabalha para que o consumidor possa superar uma realidade pouco animadora. A cada dez alimentos que o brasileiro compra no supermercado, nove têm algum tipo de aditivo químico na sua formulação. Ainda que possa se tratar de uma quantidade leve, insuficiente para causar danos à saúde, Rombaldi acredita que é possível diminuir radicalmente o número de produtos à venda com esses polêmicos ingredientes.
A busca por frutas e hortaliças duráveis, de boa aparência, saudáveis e gostosas é a missão do professor e pesquisador do Departamento de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Cesar Valmor Rombaldi. Ele trabalha para que o consumidor possa superar uma realidade pouco animadora. A cada dez alimentos que o brasileiro compra no supermercado, nove têm algum tipo de aditivo químico na sua formulação. Ainda que possa se tratar de uma quantidade leve, insuficiente para causar danos à saúde, Rombaldi acredita que é possível diminuir radicalmente o número de produtos à venda com esses polêmicos ingredientes.
Reconhecido por seu trabalho com o desenvolvimento da ciência e tecnologia de alimentos, Rombaldi realiza diversas pesquisas, juntamente com os seus alunos de graduação e pós-graduação. E as tarefas, tanto em sala de aula quanto nas pesquisas de campo, envolvem três objetivos: “Primeiro, queremos uma fruta bonita, senão ninguém quer comer. E segundo, que se preserve por bastante tempo, com o mínimo possível de produtos que não fazem bem, os conservantes pós-colheita. E, tão importante quando os requisitos anteriores: que seja gostosa”, explica o professor.
Na fruticultura, tempo é dinheiro. O produtor tem que se acostumar a trabalhar com pressa para vender a sua colheita: o tempo de armazenagem para esses produtos é muito curto. Então, quando há sucesso nos testes bioquímico-moleculares para maturação de frutas, como no caso do melão desenvolvido nos laboratórios da UFPel, cria-se uma grande expectativa de que dias mais tranquilos se aproximam. “Alguns depósitos possuem grãos de duas safras lá armazenados. Como se faz isso com morangos? Você colhe hoje e ele tem uma vida de quatro dias”, compara o professor.
O professor acredita que o contato entre alunos, professores e produtores gera uma interação importante para que seus discípulos possam aprender na prática os desafios da profissão que escolheram. “Ninguém melhor do que um produtor ou um empresário para dizer o que é importante, quais são os problemas. A partir daí é que nós temos que gerar nossas pesquisas”, salienta Rombaldi, que já foi escolhido por incríveis 24 vezes como professor homenageado.

Apoio constante do campo à prateleira

Nascido em meio às parreiras da família, no interior de Farroupilha, Cesar Valmor Rombaldi formou-se em Agronomia em 1984, também na Universidade Federal de Pelotas. Dois anos depois, já como professor da instituição, começou a prestar auxílio constante aos produtores, o que lhe garantiu muita experiência sobre os assuntos ligados ao mercado de frutas e hortaliças. Uma das principais dificuldades do produtor rural, segundo ele, é o rol de exigências burocráticas e técnicas para a implantação de uma agroindústria. Ele adverte que cerca de 70% do capital inicial para viabilizar uma nova empresa é utilizado apenas para atender normativas vigentes. Nisso se incluem a criação da empresa, licenciamento ambiental, autorização e formatação tributária, licenciamento sanitário e responsabilidades técnicas. Os 30% restantes são dedicados ao desenvolvimento tecnológico necessário para a produção – a parte em que o professor e seus alunos podem ser demandados para ajudar os produtores.
Rombaldi avalia que a venda de derivados é uma grande alternativa para diversificar a produção. Porém, o mercado que mais cresce ainda é o de fruta in natura. O avanço da biotecnologia, em associação com a parte de melhoramento vegetal, vem trazendo ao mercado uma série de variedades que já estão disponíveis ao consumidor. Os novos genótipos, que fazem nascer cenouras mais bonitas, tomates mais gostosos e até brócolis roxos, são uma tentação ao produtor ávido por vender mais.
PRÊMIO ESPECIAL
João Mielniczuk: Revista Ciência Rural - Professor Titular Aposentado do Depto. de Solos da Ufrgs.
PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Ilsi Boldrini: Professora associada da UFRGS/ Instituto de Biociências.
Silvia Terezinha Sfoggia Miotto: Professora Associada da UFRGS do Instituto de Biociência, Departamento de Botânica
CADEIAS DE PRODUÇÃO AGRÍCOLA
Algenor da Silva Gomes, Pesquisador Aposentado da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS).
David Driemeir, Professor da Veterinária da Ufrgs.
TECNOLOGIA RURAL
Ronaldo Matzenauer, Fepagro.
César Valmor Rombaldi, Professor Titular da Ufpel, Departamento de Agronomia.
NOVAS ALTERNATIVAS AGRÍCOLAS
Sérgio Francisco Schwarz, professor adjunto da Ufrgs, departamento de horticultura e silvicultura.
Celso Aita, Professor Associado da UFSM/Depto. Solos.
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