MARCELO G. RIBEIRO/JC
Balanço da Feira, de acordo com organizadores, foi positivo
Um sucesso. Essa é a definição da 60ª Feira do Livro de Porto Alegre, de acordo com o presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro (CRL), Marco Cena. A edição deste ano ocorreu entre os dias 31 de outubro e 16 de novembro, e o balanço foi apresentado à imprensa na manhã desta terça-feira (18).
“Foi um ano difícil, tivemos Copa do Mundo, eleições, mas conseguimos colocar uma feira nova na praça. A Câmara do Livro conseguiu marcar seu nome mais uma vez. O que a minha diretoria conseguiu, trabalhando em conjunto com a imprensa, o marketing e parcerias, para mim, foi o suficiente”, avaliou Cena.
O objetivo para 2014, para o presidente da CRL, era de inovar o perfil da Feira, fazendo uma releitura das atividades, sem que elas perdessem suas tradições. Cena também parabenizou os patrocinadores, que chamou de parceiros, por “ajudarem a criar a programação”; além de lembrar as pessoas que passaram pelo evento e a mídia, pela cobertura.
Segundo o conselheiro fiscal, Vítor Zandomeneghi, a venda de títulos caiu 4,85% em comparação à edição passada. O número deste ano ficou em 400.000, contra 420.384 exemplares em 2013. O recorde de vendas nos últimos cinco anos é de 2011, com 459.588 títulos. “Tivemos uma queda na venda de livros por vários fatores. Tivemos a incidência de quatro dias com chuva, o que prejudica a vendagem”, justifica Zandomeneghi.
Ele ainda afirma que a receita, através de um levantamento feito com as livrarias, foi maior, ou seja, os títulos vendidos foram mais caros. Ele atribuiu o poder de compra a programas institucionais do governo, como o Vale Cultura, que cooperam para que pessoas com baixa renda tenham maior acesso a materiais de leitura e aos descontos que a Feira propõe. O cenário atual do mercado editorial é um ponto marcante nesta transição. Nas redes sociais, a Feira obteve reconhecimento. No Facebook oficial, recebeu 21.200 curtidas; o Instagram, 1037; e o Twitter teve 8.200 seguidores.
Sobre o trabalho do patrono desta edição, o escritor Airton Ortiz, Cena elogiou: “Ele foi completo como patrono”. Ortiz completou, fazendo uma autoavaliação, “eu achei que a maior honra de um escritor gaúcho era ser convidado para ser patrono. Mas não é só isso, eu renasci como ser humano. O carinho que recebi do público, abraços, isso para mim é talvez a coisa mais importante do mundo”. O escritor contou que deu cerca de 150 entrevistas no período, o que considera um número marcante.