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Governo Federal

- Publicada em 26 de Janeiro de 2023 às 20:19

Orçamento ambiental é insuficiente, diz Marina Silva

Mundo caminha para enfrentar crise climática, afirmou Marina Silva

Mundo caminha para enfrentar crise climática, afirmou Marina Silva


/Isabelle Rieger/Especial/JC
Diego Nuñez
Em meio à inseguridade social, alimentícia e sanitária vivida pelas comunidades indígenas brasileiras, em especial pelo povo Yanomami em Roraima, exposta pelo governo federal na última semana, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) afirma que os recursos destinados à área pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) não fazem frente aos desafios ambientais que se põem diante do País em 2023.
Em meio à inseguridade social, alimentícia e sanitária vivida pelas comunidades indígenas brasileiras, em especial pelo povo Yanomami em Roraima, exposta pelo governo federal na última semana, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) afirma que os recursos destinados à área pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) não fazem frente aos desafios ambientais que se põem diante do País em 2023.
Segundo Marina, que esteve em Porto Alegre nesta quinta-feira (26) para participar do Fórum Social Mundial, "este é um ano muito difícil, porque o orçamento foi feito pelo governo Bolsonaro, que não prioriza combate ao desmatamento ou ao garimpo. Pelo contrário. Nós conseguimos discutir um aumento para o ministério na ordem de R$ 500 milhões. Isso é insuficiente para o tamanho do problema que nós temos", afirmou Marina, em coletiva realizada na Assembleia Legislativa.
Dentre os desafios colocados pela ministra na área ambiental, está, claro, a preservação da vida, saúde, cultura e terras dos povos indígenas. A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a áreas de preservação destinadas à população dos Yanomami em Roraima, no último sábado, expôs a situação grave de desnutrição e outras doenças, vivida pela comunidade.
"O que acontece em Roraima com os povos indígenas dos Yanomami acontece em várias populações indígenas. Também temos o caso dos Mundurukus, dos Kayapós, e nem temos tempo de citar aqui todas as situações que eles estão vivendo", relatou a ministra.
Para Marina, essa realidade passa necessariamente pela gestão de Jair Bolsonaro, que já apresentou projetos para extinguir a comunidade yanomami enquanto era deputado federal. "O governo genocida do Bolsonaro deixou essas comunidades completamente abandonadas, sem políticas públicas de saúde, de proteção a sua integridade de cultura e até mesmo de sua integridade física. O garimpo destruindo suas terras, seus estoques naturais de alimento. Eles não têm mais acesso ao peixe, como tinham anteriormente, não têm mais acesso às suas áreas de floresta. Aquilo que se viu foi a destruição cultural, econômica e material de um povo que depende de ter seu território protegido para manter sua integralidade", criticou a ambientalista.
As atitudes do governo Bolsonaro, segundo Marina, estão em dissonância de um movimento mundial pela preservação ambiental e luta contra as mudanças climáticas. "O mundo inteiro caminha na direção do enfrentamento da crise climática. O Brasil é um país que tem uma forte contribuição a ser dada, porque nossa maior de CO2 vem de uso da terra, do desmatamento. Mais de 70% das emissões brasileiras são em função do desmatamento", disse ela.
Marina Silva participou do primeiro Fórum Social Mundial, realizado na capital gaúcha em 2001. Mostrou-se emocionada ao retornar para o evento e reencontrar antigos conhecidos, a quem pôde cumprimentar, abraçar e trocar rápidas palavras.
Em Davos, durante o Fórum Economico Mundial, teve também a oportunidade de conversar com o governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB). A poucos metros do Palácio Piratini, relatou o encontro com o tucano gaúcho. "O governador trouxe a questão do bioma Pampa, que muitas vezes não é lembrado como bioma. Nós já retomamos o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento não só na Amazônia, mas em todos os biomas brasileiros e haverá também um destinado especificamente ao bioma Pampa", também adiantou Marina.
 
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