Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Governo Federal

- Publicada em 19 de Janeiro de 2023 às 20:04

Planalto dispensa 26 superintendentes da PRF

Gestão se preocupa com escalação de nomes ligados a Silvinei Vasques

Gestão se preocupa com escalação de nomes ligados a Silvinei Vasques


Valter Campanato/Agência Brasil/JC
Agência Estado
O governo Lula dispensou nesta quinta-feira (19), de uma só vez, 26 superintendentes regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A medida, assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi publicada no Diário Oficial. Apenas a Superintendência da PRF no Piauí não foi alcançada pela debandada.
O governo Lula dispensou nesta quinta-feira (19), de uma só vez, 26 superintendentes regionais da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A medida, assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi publicada no Diário Oficial. Apenas a Superintendência da PRF no Piauí não foi alcançada pela debandada.
De acordo com a PRF, ainda não há previsão de indicação dos nomes que vão assumir as superintendências estaduais na corporação em substituição aos exonerados. Por enquanto, a PRF nos Estados segue sob gestão de superintendentes substitutos. As informações são da Agência Estado.
A saída de ocupantes de cargos de confiança é um ato rotineiro quando há mudança de governo. A publicação no D.O. não expõe motivos para as dispensas, nem coloca sob suspeita a conduta dos chefes regionais da corporação. A preocupação do Palácio do Planalto reside no alinhamento de antigos gestores da PRF ao governo Jair Bolsonaro (PL).
O governo também havia nomeado novos superintendentes regionais da Polícia Federal (PF) em 18 Estados. Os atos de nomeação e de dispensa dos atuais ocupantes do cargo foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) com data desta quarta-feira (18).
Já nos bastidores da PRF, ganha intensidade a especulação sobre os quadros que deverão ser escolhidos para conduzir a instituição nos Estados e no DF. Existe preocupação com relação à eventual escalação de nomes ligados ao ex-diretor-geral da corporação, Silvinei Vasques, que se aposentou em fins de dezembro sob fogo cerrado do Ministério Público Federal, acusado de ter usado o poder e a influência do cargo para fazer campanha do então presidente Jair Bolsonaro nas eleições.
Durante boa parte do governo anterior, a PRF foi alvo de questionamentos e polêmicas, inclusive em meio às eleições, quando setores da corporação foram cobrados por suposta leniência na ação para destravar bloqueios de rodovias.
Na gestão Bolsonaro, a PRF e também a Polícia Federal - ambas instituições sob o guarda chuva do Ministério da Justiça - foram constantemente colocadas sob suspeita de aparelhamento e interferência do então presidente.
Um momento especialmente sensível para a corporação foram as eleições. No segundo turno, a PRF realizou operações em todo o País sob alegação de barrar o transporte irregular de eleitores, mesmo contrariando decisão do Tribunal Superior Eleitoral.
Depois da vitória de Lula, a corporação viveu forte pressão do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério Público, que impuseram medidas rigorosas contra o caos nas principais rodovias do País, travadas por bloqueios de grupos bolsonaristas.
Ambos os casos colocaram o então chefe da PRF, Silvinei Vasques, na mira do Ministério Público e da própria PF - ele é investigado por prevaricação e é alvo de uma ação de improbidade administrativa. Outros episódios marcaram a PRF em 2022. Como em Sergipe, no caso Genivaldo de Jesus Santos, asfixiado e morto em um camburão transformado em câmara de gás.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO