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- Publicada em 01 de Dezembro de 2022 às 20:35

Arthur Lira busca driblar impasse na Câmara entre PT de Lula e PL de Bolsonaro

Candidato à reeleição para presidência da Câmara, Lira busca contornar impasse para manter sua base unida

Candidato à reeleição para presidência da Câmara, Lira busca contornar impasse para manter sua base unida


Zeca Ribeiro/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Folhapress
Candidato à reeleição para a presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) busca contornar um impasse entre os dois principais partidos da Casa para manter sua base unida em um único bloco na disputa, marcada para fevereiro de 2023.
Candidato à reeleição para a presidência da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) busca contornar um impasse entre os dois principais partidos da Casa para manter sua base unida em um único bloco na disputa, marcada para fevereiro de 2023.
Isso ocorre em meio à tentativa do PT de criar um grupo paralelo para ampliar seu poder de negociação. Hoje a principal preocupação dos parlamentares é a construção de blocos para a próxima legislatura, que se inicia em fevereiro do próximo ano.
Tradicionalmente, os partidos na Câmara se unem em blocos para conseguir a presidência das principais comissões e aumentar seu poder de negociação. O tamanho das bancadas e blocos importa na distribuição dos colegiados.
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro - aliado de Lira durante o governo e a eleição -, elegeu a maior bancada da Câmara, com 99 deputados. O mandatário, contudo, perdeu sua reeleição para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cuja legenda tem a segunda maior bancada da casa legislativa.
Apesar de as duas siglas apoiarem a reeleição de Lira, elas articulam a construção de blocos diferentes para disputar a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), principal colegiado da Câmara e responsável por analisar a constitucionalidade das propostas.
A CCJ é relevante para que o governo consiga dar seguimento às suas pautas. Nos últimos quatro anos, o colegiado foi presidido por dois bolsonaristas, mas, atualmente, é comandado por Arthur Maia (União Brasil-BA), um deputado de centro-direita.
Nesta quarta-feira (30), Lira disse a aliados que não está satisfeito com o movimento do PT para tentar criar um bloco alternativo com PSD, MDB e União Brasil.
Segundo relatos, para Lira seria possível negociar a presidência das comissões da Câmara com todos os partidos que apoiam sua reeleição em um único bloco, sem dissidências.
A mesma posição foi defendida por Lira durante um café da manhã com a bancada do PSB, nesta quarta. No encontro, o presidente da Câmara disse que, apesar de petistas serem expressamente contrários ao PL comandar a CCJ, não é possível simplesmente retirar a sigla da disputa --por ela ter a maior bancada da casa.
O parlamentar ressaltou que a presidência da principal comissão pode passar por um rodízio entre o PL, PT e União Brasil, partido que comanda o colegiado neste ano.
Outra solução em estudo para o entrave passaria pelo MDB, que poderia presidir a CCJ. O cenário agrada os petistas, mas não o partido de Bolsonaro.
Em meio às articulações, Lira se encontrou com o presidente eleito Lula nesta quarta-feira (30) para discutir a formação dos blocos e a PEC da Transição.
A proposta defendida pelo presidente da Câmara, contudo, encontra resistência. No PT, o deputado eleito Lindbergh Farias (RJ) disse ser contrário a conceder a CCJ para o partido de Bolsonaro, dizendo que seria "chutar o pau da barraca em qualquer acordo".
"Pode ter rodízio por dois anos no comando da CCJ, mas com outro partido da base", afirmou Lindbergh.
No PL, lideranças dizem por outro lado que não abrem mão de presidir a principal comissão da Câmara tendo a maior bancada. Quando o partido abrir discussão interna sobre o tema, a expectativa é de disputa acirrada.
 
Folhapress
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