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eleições 2022

- Publicada em 23 de Junho de 2022 às 00:25

Coligações podem ter mais de um nome ao Senado

Ministro Ricardo Lewandowski foi o relator da consulta ao TSE

Ministro Ricardo Lewandowski foi o relator da consulta ao TSE


/NELSON JR./SCO STF/DIVULGAÇÃO/JC
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, que partidos que compõem uma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado. A decisão pode impactar a formação de palanques em estados onde mais de um pré-candidato ao Senado apoia o mesmo nome a governador e duela pela vaga na chapa. É o caso, por exemplo, de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Pará, Roraima e Mato Grosso.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira, por unanimidade, que partidos que compõem uma coligação podem lançar mais de um candidato ao Senado. A decisão pode impactar a formação de palanques em estados onde mais de um pré-candidato ao Senado apoia o mesmo nome a governador e duela pela vaga na chapa. É o caso, por exemplo, de Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Pará, Roraima e Mato Grosso.
A decisão foi uma resposta a consulta formulada pelo deputado Delegado Waldir (União Brasil-GO). O político pretende disputar uma cadeira no Senado em uma coligação que apoiará a campanha de reeleição do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). A coligação deve incluir partidos que têm outros pré-candidatos ao Senado, como Luiz do Carmo (PSC), João Campos (Republicanos) e Alexandre Baldy (PP).
Apesar da unanimidade, os ministros do TSE se dividiram em um ponto da decisão. O relator da consulta, ministro Ricardo Lewandowski, entendeu que partidos que compõem uma coligação para o governo do Estado podem criar outras coligações para a disputa ao Senado.
Ele foi seguido pelos ministros Edson Fachin e Sérgio Banhos. "Inexiste disposição normativa que determine a igualdade das coligações formadas para disputa de cargos de governador e senador. Tenho dificuldade de fazer, por inferência, restrições de direitos político-eleitorais", disse Fachin.
O voto vencedor, no entanto, foi apresentado pelo ministro Mauro Campbell. Para ele, a possibilidade de haver múltiplas coligações pode criar distorções na política estadual.
"O governador e seu vice são autoridades máximas do Executivo; os senadores, os representantes dos interesses desses estados no Congresso Nacional. A opção do legislador de não permitir coligações diversas nesses pleitos está em consonância com o desejo de uma atuação política harmônica."
Campbell foi seguido pelos ministros Benedito Gonçalves, Alexandre de Moraes e Carlos Horbach. "Há a possibilidade, na coligação para o governo, dos partidos não pretenderem realizar a única candidatura para o Senado. Mas cruzar as coligações me parece que não guarda, com todo o respeito, a coerência pretendida pelas sucessivas alterações (legislativas) para permitir que, programaticamente, os partidos se unam para que o eleitor tenha uma visão melhor do quadro partidário", disse Moraes.
A eleição de 2022 renovará apenas um terço do Senado - cada estado elegerá um senador com mandato até 2031.
 

Justiça Eleitoral terá sistema de alerta de desinformação

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, anunciou nesta terça-feira o lançamento do Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições. Pela plataforma, qualquer pessoa poderá denunciar a publicação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral.
O TSE vai analisar as denúncias e enviar as apurações para as plataformas, como Facebook e WhatsApp, que poderão penalizar o usuário que compartilhar as fake news. "Por meio desse sistema, conseguiremos receber, analisar e encaminhar, com extrema eficácia e transparência, as denúncias registradas, na esteira de acordos firmados com as plataformas digitais, dando tratamento célere para dar a devida responsabilização nos casos em que sejam constatadas violações dos termos de uso."
Fachin anunciou o lançamento da plataforma durante a abertura da sessão plenária. O ministro citou todas as plataformas que têm mantido "profícuo diálogo" com a assessoria técnica do TSE.