Paparico Bacchi
A mineração e a agricultura são dois setores com grande potencial de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Sul. A elevação da produtividade das lavouras gaúchas passa pela utilização do calcário. Cerca de 85% do volume é extraído de minas naturais de rocha em Caçapava do Sul, Região da Campanha, onde as jazidas minerais têm entre 300 e 500 milhões de anos. Assim, o incentivo para a produção do material contribui para alavancar a capacidade agrícola.
O calcário gaúcho se destaca pela alta qualidade, com teores de pureza e reatividade. Esse recurso natural é essencial para a correção da acidez do solo, aumentando a fertilidade e viabilizando o cultivo em áreas pobres. A calagem com calcário é um dos métodos mais eficientes usado pelos produtores rurais. A necessidade de neutralizar o pH do solo teve início na década de 1966, em Ibirubá, no Noroeste gaúcho, com a implementação de um plano Estatual chamado Operação Tatu.
Ampliar a extração do calcário é fundamental para suprir a demanda interna do estado. Segundo o presidente do Sindicalc-RS, Carlos Cavalheiro, o calcário aumenta a produtividade da lavoura em 30%. A produção atual do Rio Grande do Sul é de 3,5 milhões de toneladas por ano, ao passo que o consumo é de 4 milhões. Ou seja, 500 toneladas são trazidas de outros estados.
A produção de calcário na região da Campanha gera impactos diretos no bolso dos agricultores e consumidores, reduzindo os custos e garantindo maior competitividade e sustentabilidade. Além disso, as indústrias de calcário geram cerca de 1,8 mil empregos diretos e cerca de 7 mil empregos indiretos no Rio Grande do Sul.
Sendo assim, um dos desafios é vencer a burocracia e gerar novos empreendimentos no setor da mineração. O meu trabalho como vice-presidente do Parlamento gaúcho e presidente da Frente Parlamentar da Mineração e do Polo Carboquímico é destravar projetos e favorecer o desenvolvimento econômico, contribuindo para o crescimento das demais esferas produtivas.
Deputado estadual (PL)