Eduarda Camargo
Ao navegar em um site de e-commerce em busca de produtos, pode-se notar que muitas vezes as sugestões parecem entender exatamente o que o consumidor procura. Essa “mágica” é uma estratégia baseada no Subconscious Marketing (Marketing Subconsciente), que utiliza dados e inteligência artificial (IA) para guiar as decisões de compra de maneira quase invisível, apelando diretamente para o subconsciente dos consumidores.
De acordo com a WGSN, essa estratégia é uma das principais tendências para o varejo em 2025. A IA e a análise de dados permitem uma experiência de compra personalizada, identificando as necessidades dos consumidores antes mesmo que eles as reconheçam. Plataformas de comércio eletrônico, como Amazon e Alibaba, por exemplo, já processam quase todos os dados dos clientes em tempo real, otimizando recomendações automaticamente, o que aprimora a experiência do usuário e aumenta a fidelização às marcas.
Estudos mostram que cerca de 95% das decisões de compra são feitas de maneira inconsciente, o que explica por que os estímulos visuais e sensoriais desempenham um papel fundamental nesse tipo de marketing. Ferramentas como Rastreamento Ocular e Codificação Facial são usadas para identificar quais elementos mais afetam o consumidor. O subconsciente humano reage a estímulos com uma velocidade impressionante, formando opiniões e tomando decisões em milissegundos.
A combinação entre IA e subconsciente trouxe o marketing a um novo nível, com mudanças sutis em anúncios — como cores e sons — potencializando o desejo de compra em até 30%. Esse efeito persuasivo faz do Marketing Subconsciente uma ferramenta poderosa, especialmente para grandes redes como o Walmart, que analisa o comportamento dos clientes para sugerir produtos personalizados. Segundo a WGSN, essa prática deve crescer nos próximos anos, com a tecnologia ainda mais integrada ao setor.
Porém, a eficácia dessa técnica levanta questões éticas. A capacidade de manipular decisões de compra de maneira tão intrusiva pode ultrapassar limites de privacidade e transparência, uma vez que o consumidor nem sempre está ciente do quanto é influenciado. A linha entre uma experiência personalizada e uma invasão do subconsciente é tênue e requer regulamentação para proteger a autonomia do cliente.
O Marketing Subconsciente é uma prova do avanço tecnológico, mas também nos lembra que nem todo progresso é neutro. É preciso discutir até que ponto as empresas devem explorar esses dados para influenciar decisões sem prejudicar a liberdade de escolha do consumidor. O futuro do varejo precisa equilibrar inovação e ética para garantir que a personalização não seja invasiva.
Chief Growth Officer e responsável pela aquisição e receita de novos clientes na fintech P3, uma plataforma de gestão de pagamentos para mais de 2 mil empresas da América Latina
Ao navegar em um site de e-commerce em busca de produtos, pode-se notar que muitas vezes as sugestões parecem entender exatamente o que o consumidor procura. Essa “mágica” é uma estratégia baseada no Subconscious Marketing (Marketing Subconsciente), que utiliza dados e inteligência artificial (IA) para guiar as decisões de compra de maneira quase invisível, apelando diretamente para o subconsciente dos consumidores.
De acordo com a WGSN, essa estratégia é uma das principais tendências para o varejo em 2025. A IA e a análise de dados permitem uma experiência de compra personalizada, identificando as necessidades dos consumidores antes mesmo que eles as reconheçam. Plataformas de comércio eletrônico, como Amazon e Alibaba, por exemplo, já processam quase todos os dados dos clientes em tempo real, otimizando recomendações automaticamente, o que aprimora a experiência do usuário e aumenta a fidelização às marcas.
Estudos mostram que cerca de 95% das decisões de compra são feitas de maneira inconsciente, o que explica por que os estímulos visuais e sensoriais desempenham um papel fundamental nesse tipo de marketing. Ferramentas como Rastreamento Ocular e Codificação Facial são usadas para identificar quais elementos mais afetam o consumidor. O subconsciente humano reage a estímulos com uma velocidade impressionante, formando opiniões e tomando decisões em milissegundos.
A combinação entre IA e subconsciente trouxe o marketing a um novo nível, com mudanças sutis em anúncios — como cores e sons — potencializando o desejo de compra em até 30%. Esse efeito persuasivo faz do Marketing Subconsciente uma ferramenta poderosa, especialmente para grandes redes como o Walmart, que analisa o comportamento dos clientes para sugerir produtos personalizados. Segundo a WGSN, essa prática deve crescer nos próximos anos, com a tecnologia ainda mais integrada ao setor.
Porém, a eficácia dessa técnica levanta questões éticas. A capacidade de manipular decisões de compra de maneira tão intrusiva pode ultrapassar limites de privacidade e transparência, uma vez que o consumidor nem sempre está ciente do quanto é influenciado. A linha entre uma experiência personalizada e uma invasão do subconsciente é tênue e requer regulamentação para proteger a autonomia do cliente.
O Marketing Subconsciente é uma prova do avanço tecnológico, mas também nos lembra que nem todo progresso é neutro. É preciso discutir até que ponto as empresas devem explorar esses dados para influenciar decisões sem prejudicar a liberdade de escolha do consumidor. O futuro do varejo precisa equilibrar inovação e ética para garantir que a personalização não seja invasiva.
Chief Growth Officer e responsável pela aquisição e receita de novos clientes na fintech P3, uma plataforma de gestão de pagamentos para mais de 2 mil empresas da América Latina