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Opinião

Artigo

- Publicada em 18 de Setembro de 2022 às 20:52

O vinho como veículo de negócios

Maurênio Stortti
Maurênio Stortti
O consumo do vinho no cenário de pandemia e pós-pandemia cresceu aproximadamente 28% em relação ao que era comercializado antes da Covid-19. Os dados refletem os números entre os anos de 2019 e 2021.
No Rio Grande do Sul, se levarmos em conta o contexto do enoturismo, apenas na região de Bento Gonçalves em seus três destinos mais destacados do Vale dos Vinhedos, Pinto Bandeira e Monte Belo do Sul, o número de visitantes entre 2021 até o momento, saltou de 800 mil para, em média, 1,6 milhão e com a perspectiva positiva de um novo recorde de visitação até o final deste ano.
Deste número, 41% dos visitantes são oriundos do RS, 17% de São Paulo e 12% vêm de Santa Catarina. No entanto, vale destacar que o crescimento, também, pode ser visto além da Serra, na região da Campanha gaúcha com a procura pela visitação de vinícolas localizadas de Candiota a Santana do Livramento.
Já na região que produz os chamados vinhos de altitude, que vai de Vacaria, no RS, até São Joaquim, na serra catarinense, onde se concentra a maioria das vinícolas do estado vizinho, além de São Paulo, Serra da Mantiqueira, nordeste do Brasil, às margens do Rio São Francisco, a produção de vinho e, consequentemente, o enoturismo também apresentaram um considerável crescimento.
Numa analogia de dados com outra importante província produtora de vinhos na Argentina, a região de Mendoza e arredores, o vinho e o enoturismo foram responsáveis pela criação de 700 bodegas/vinícolas desde 2010 e mais de 1.400 restaurantes, consolidando-se como um polo de negócios que vai além do Malbec, tradicional casta produzida na região. E, para além dos nossos parreirais, esta mesma evolução acontece na Espanha, em Portugal, nos Estados Unidos, na África do Sul e em todos os polos produtores de vinho e geradores de enoturismo.
Todo este panorama amplamente positivo caracteriza o vinho como o veículo de incremento não só do turismo de consumo da bebida, mas, efetivamente, de negócios, tanto em nível da indústria, dos serviços, como no caso dos restaurantes, na agricultura, em razão da produção, no mercado imobiliário, por conta dos condomínios e hotelaria, caracterizando-se como uma verdadeira denominação do enonegócio, uma nova vertente da economia gerada a partir do vinho.
E este será o novo cenário de enonegócio, que promoverá a mudança da economia de diversas regiões do Brasil que estão inseridas neste universo de produção da uva e do vinho. Saúde a todos!
Advogado e consultor de negócios
 
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