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Opinião

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- Publicada em 09 de Agosto de 2022 às 20:27

Agosto ao gosto

Marli Gonçalves
Marli Gonçalves
Agosto é sempre mês difícil, longo, chato, a gente já invoca com ele até por tradição, para não perder o hábito, embora estejamos cobertos de razões. Tem Carta importante chegando para você, para nós, brasileiras e brasileiros na luta pela democracia.
Agosto já começou meio esquisito, embora na verdade as coisas aqui já andem bem esquisitas faz tempo. Mas amanhã, dia 11, fica esperto. Será o dia da leitura da nova Carta aos Brasileiros, que já conta com quase 1 milhão de assinaturas, em Ato Público na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo, 45 anos depois daquela que marcou, em agosto de 1977, o início da luta conta a ditadura. Registre que recebeu essa correspondência. Receba! O 11 de agosto é o Dia do Estudante. E o Dia do Advogado, quando a gente mais costumava ouvir falar dos estudantes de Direito que se juntavam, iam aos restaurantes, comiam, bebiam, e na saída deixavam na mesa um bilhete, que cantarolavam: "Garçom, tira a conta da mesa e ponha um sorriso no rosto. Seria muita avareza cobrar no dia 11 de agosto". Era o Dia do Pendura. Embora esta tenha sido sempre uma brincadeira tradicional, secular, acabou.
Mas voltando ao mês do desgosto, que agora até já nos levou uma pessoa marcante como o Jô Soares, e onde ainda centenas de brasileiros morrem diariamente vitimados pela Covid, nos apavoramos com o surto de uma doença antiga como a varíola - mais uma que precisará, se descontrolada, que nos afastemos uns dos outros.
Há 12 anos publiquei uma crônica "O gosto de agosto", e que agora revisitei. Causou-me grande surpresa com as coisas que então enumerei sobre esse sabor amargo. Na crônica de, veja bem, mais de uma década atrás, eu dizia que adoraria poder prever um pouco o futuro. E não é que no fundo, vejam só, de novo estamos quase que exatamente assim: ... "Este ano não será diferente. Só pior. Tem eleições indefinidas. Tem Seleção indefinida. Tem situação mundial esquisita, lá longe e aqui perto. E como agosto se alastrou de vez, tem óleo na praia, fora acidentes bem fatais, muitos crimes passionais e tragédias climáticas. Fora doenças esquisitas e metamorfoses ambulantes. E eles, todos, os líderes, sem soluções, só com promessas. Têm, inclusive, entre eles, uns meios malucos aparecendo, e se criando, já ano após ano. Coisas que já vimos acontecer e que não dá certo; perigosas, justamente porque movimentam as massas"...
Jornalista
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