Impostos: com a palavra, os governadores

Diminuir o peso do Estado sobre os ombros da população, a partir da redução de impostos, deveria ser o objetivo a ser perseguido por todos os governantes. É a população, através do empreendedorismo, quem gera emprego e renda. É a população que precisa garantir comida em sua mesa e é obrigada a sustentar um aparato estatal ineficiente.

Se, em um momento de crise, todos precisam contribuir para alcançar a solução, é justo e um dever dos governos fazerem a sua parte. Quando vamos ao supermercado, estamos dispostos a trocar artigos que preferimos por alternativas mais baratas a fim de que a conta caiba em nosso orçamento. Por que, então, o poder público não pode extinguir privilégios, estancar prejuízos e aliviar o bolso de quem sempre pagou a conta?

Diante deste cenário, é louvável que o governo federal esteja mobilizado para, em parceria com os estados, unir esforços e reduzir o peso de impostos sobre os combustíveis.

Pela proposta, a fatia federal dos impostos para gasolina, diesel e gás de cozinha para de ser cobrada. Além disso, como forma de ampliar o alívio ao bolso dos brasileiros, os estados que aplicarem uma alíquota de ICMS menor que 17% terão a diferença integralmente ressarcida pela União. Por aqui, o governo do Estado comemora superávit no primeiro quadrimestre: R$ 4,1 bilhões.

Chegou a hora, portanto, de diminuir alíquotas, sobretudo com a salvaguarda oferecida pelo governo federal. Seria um passo extraordinário para contrapormos o avanço inflacionário causado pela errática política de "fecha-tudo a economia a gente vê depois" e da guerra na Ucrânia.

As decisões que forem tomadas demonstrarão quem tem compromisso com a população. Quem decide cortar despesas e impostos está ao lado dela. Quem não abre a mão, está preocupado em fortalecer o próprio governo.

Quem sempre pagou a conta segue gerando riqueza. O governo federal já abriu mão da sua parte. Agora, os governos estaduais devem escolher se querem servir às pessoas ou se servir delas. Com a palavra, os governadores.