Após reunião do Grupo de Contingenciamento do Coronavírus de Lajeado, o município optou pela adoção de novas medidas para combater a disseminação da Covid-19. A partir de um novo decreto, publicado nesta quinta-feira, a decisão mais relevante é pelo fechamento de todos os estabelecimentos de comércio e serviços não essenciais entre as 20h de sexta-feira e as 5h da próxima segunda-feira. Além disso, estabelecimentos de alimentação (restaurantes, bares, lancherias, food trucks e afins), já a partir desta quinta-feira, só poderão atender presencialmente até 18h e depois, apenas com tele-entrega ou take away (pegue e leve) até 23h, quando então fecham.
"Estamos vivendo com certeza o
momento mais crítico da pandemia e precisamos do apoio de todas as entidades e da comunidade para que isso funcione. Não podemos permitir aglomerações de nenhum tipo porque é nestes locais que a contaminação acontece. Nossas equipes de fiscalização estarão nas ruas cobrando esta postura de todos " disse o prefeito Marcelo Caumo. A prefeitura, no entanto, disse não se tratar de um lockdown.
As medidas se somam
aos esforços que estão sendo feitos pelo Hospital Bruno Born (HBB) para ampliar o atendimento de casos graves de Covid dentro do Plano de Contingência. O hospital anunciou nesta semana a etapa 3 de ampliação de leitos e prepara nova etapa. A pedido do hospital, o município já adquiriu três aparelhos de terapia de alto fluxo e está adquirindo 10 bombas de infusão, equipamentos que serão utilizados para apoiar o tratamento de pacientes do HBB.
Em paralelo, a secretaria municipal da Saúde está concluindo contrato para parceria com o Hospital Marques de Souza para que funcione como suporte para os pacientes de Lajeado, no caso de serem necessários mais leitos além dos que o HBB já está disponibilizando na cidade. A opção de parceria com um hospital se dá pelo fato de a estrutura já estar disponível, com leitos, respiradores e equipe de técnicos, enfermeiros e médicos, e assim poder oferecer um tratamento mais adequado do que seria possível em um hospital de campanha.
"As pessoas nos perguntam por que não fazemos hospital de campanha. Hospital de campanha só trata casos leves, não tem internação nem UTI. E neste momento precisamos dos leitos, que estão sendo ampliadas pelo HBB até o limite das possibilidades, e de internação. Não adianta termos leitos ambulatoriais porque em pouco contribuem para os casos que estamos recebendo. Por isso, o hospital de Marques será nosso braço de ampliação para casos de internação menos graves", explica o secretário de Saúde de Lajeado, o médico pneumologista Cláudio Klein.