A Ilha das Pedras Brancas, também chamada de Ilha do Presídio, localizada em meio ao lago Guaíba, está em processo de revitalização para ser reaberta ao público. Segundo a prefeitura de Guaíba, que administra o local, foi aberto um processo licitatório junto à Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências (Fundatec), com intuito de dar andamento nas obras do local, além de melhorias na orla da cidade.
De acordo com a secretária de Planejamento, Gestão Territorial e Meio Ambiente, Vanessa Kologeski, o projeto ainda está em fase de estudo conceitual e a revitalização dos espaços busca espelhar o projeto da orla de Porto Alegre. Ela afirma que a prefeitura vai analisar junto à Fundatec qual será a modelagem do plano da orla junto a Ilha do Presídio para representar a comunidade de Guaíba em âmbitos históricos e culturais "O município está avaliando como irá viabilizar as obras para tornar a orla e a Ilha da Pólvora atrativas para os guaibenses e para os turistas", disse.
Em maio deste ano, a prefeitura havia anunciado que faria a revitalização do espaço. À época, o município havia confirmado que a ilha passaria por uma estruturação para o turismo, mas os avanços pretendidos foram impactados por questões ligadas ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE), que classificou a ilha como patrimônio histórico, cultural e paisagístico do Estado em 2014. Inclusive, passeios turísticos que eram feitos de barco até a ilha foram suspensos, e um dos motivos seria a má conservação do local.
A Ilha do Presídio foi construída em 1857 e finalizada em 1860. Em 1950 o local se tornou um presídio de segurança máxima que recebia menores de idade e pessoas portadoras de deficiência mental. Depois do início do golpe militar em 1964, a Ilha do Presídio foi transformada em um centro de detenção do Exercito, para onde eram enviados opositores do regime.
Em 1983, o presídio foi desativado e a ilha ficou sob os cuidados da secretaria de Turismo da Capital, mas a partir de 2006 foi integrada ao território guaibense, num prazo que foi renovado por 25 anos. A ideia da prefeitura é tentar agilizar os processos burocráticos para viabilizar o local como um ponto turístico e histórico da cidade.

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