O município de Encantado, na região do Vale do Taquari, apresentou nesta quinta-feira (5) uma série de medidas para a reconstrução da cidade a partir da enchente do início de setembro, considerada a pior em 107 anos da cidade. O programa Recomeça Encantado foi anunciado através de uma coletiva de imprensa do prefeito Jonas Calvi, com objetivo de mapear as áreas afetadas e apresentar soluções aos problemas.
No evento, foram apresentados os danos totais da enchente e as principais esferas prejudicadas. Um levantamento apontou que os estragos somados chegaram a R$ 289,7 milhões. Os setores mais afetados foram indústria, comércio e serviços, com danos avaliados em R$ 223,2 milhões. A indústria foi a mais afetada pelas águas. Ainda, conforme o estudo, áreas da educação, saúde e assistência social, agricultura e turismo também foram afetados.
De acordo com o plano de reestruturação, o município pretende de forma imediata, avaliar os danos e perdas dos empresários locais, reiterar o pedido de área de terras para União para o Distrito Industrial, analisar as áreas de terras para alocação de empresas, dar suporte aos empresários locais e prorrogar o prazo dos alvarás sanitários e de meio ambiente que se encontram próximos ao vencimento. A medida será adotada como forma de retomada dos negócios.
A prefeitura também estimou em R$ 40,7 milhões os danos às residências afetadas. Durante o auge da enchente, foram 1.090 pessoas desabrigadas. O município planeja realizar um cadastro junto à Caixa Econômica Federal para criação de um projeto habitacional, que abrigue 64 famílias no bairro Navegantes, além de outros 100 na área da União. Para os dois projetos, foi estimado um investimento de R$ 22,3 milhões.