Com o fim do subsídio do governo federal para o transporte coletivo, a Prefeitura do Rio Grande irá retomar a tabela de preços sem descontos no domingo (1). Os usuários do transporte coletivo passarão a pagar R$ 5,00 a tarifa normal, R$ 2,50 para o estudante e de R$ 8,00 para o seletivo. O circular, que era R$ 3,00, passa para R$ 4,00.
A situação foi debatida em reunião do Conselho Municipal do Transporte, quando foram apresentados diversos dados referentes aos custos do sistema e da inviabilidade de manter as atuais tarifas com desconto pagas pelos usuários.
Conforme explicou o titular da Secretaria de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança, Anderson Castro, o governo federal realizou aporte no ano passado para subsidiar parcela das passagens do transporte coletivo dos municípios. Foi a partir disso que, em dezembro de 2022, as tarifas foram reduzidas, por exemplo, para R$ 3,50 em preço normal, sendo que o valor mínimo viável para a manutenção do sistema seria de, ao menos, R$ 5,00.
"Esse valor que recebemos em 2022 está acabando agora nesta semana e assim não vamos ter mais como subsidiar essa diferença. Isso ficou demonstrado aqui na reunião já que, com os custos operacionais, a empresa já está em déficit, pagando para trabalhar, e nós não temos como manter uma tarifa reduzida sem o aporte federal. Sem o subsídio, precisamos retomar a tarifa normal", diz.
O contexto se repete em outras cidades do RS, como Santa Maria, que passou a trabalhar com novas tarifas já nesta semana, e Pelotas, que anunciou a nova tarifa na tarde desta quinta-feira (28). Por esse motivo, prefeitos de diferentes regiões têm atuado em um movimento conjunto em busca de uma solução junto ao governo para que seja possível manter a viabilidade deste serviço, que é um direito ao cidadão previsto na constituição.
Em termos de comparação, ainda durante a reunião, a empresa Transpessoal apresentou cálculo a respeito dos custos do momento, no qual apontou uma tarifa mínima de R$7,21. Entretanto, a prefeitura considera o valor impraticável, mesmo com a necessidade de aporte para manter os preços nos atuais níveis, optando por aguardar uma nova revisão de preços, que poderá ocorrer ainda neste ano ou no início de 2024.

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