OLÁ, ASSINE O JC E TENHA ACESSO LIVRE A TODAS AS NOTÍCIAS DO JORNAL.

JÁ SOU ASSINANTE

Entre com seus dados
e boa leitura!

Digite seu E-MAIL, CPF ou CNPJ e você receberá o passo a passo para refazer sua senha através do e-mail cadastrado:


QUERO ASSINAR!

Cadastre-se e veja todas as
vantagens de assinar o JC!

Ou, faça login via rede social:

Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Faça cadastro no site do JC para comentar.

Não é necessário ser assinante

Já é cadastrado?
COMENTAR |
PALEONTOLOGIA Notícia da edição impressa de 17 de Abril de 2023.

Pesquisadores encontram fóssil de réptil em Restinga Seca

Esse é o primeiro material encontrado em escavações feitas no município da região central do Estado

Esse é o primeiro material encontrado em escavações feitas no município da região central do Estado


/Rodrigo Temp Müller/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) publicaram um estudo no periódico científico Scientific Reports, descrevendo uma nova espécie de réptil fóssil escavado no território da Quarta Colônia, na região central do RS. A descoberta traz novas informações sobre a origem dos dinossauros.
Paleontólogos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) publicaram um estudo no periódico científico Scientific Reports, descrevendo uma nova espécie de réptil fóssil escavado no território da Quarta Colônia, na região central do RS. A descoberta traz novas informações sobre a origem dos dinossauros.
Mundialmente conhecido por abrigar alguns dos fósseis mais antigos de dinossauros, o território tornou-se palco de diversas descobertas no campo da paleontologia. A mais recente trata-se de uma nova espécie oriunda do interior do município de Restinga Seca. Os restos fósseis foram escavados em um sítio fossilífero conhecido como Pivetta, localizado próximo do limite com o município de São João do Polêsine.
Para a região, é um achado interessante pelo fato de que, até o momento, o município ainda não possuía espécies de dinossauros oficialmente descritas. Entretanto, para a ciência, a importância do achado vai muito além. A nova espécie faz parte de um grupo de répteis pouco conhecido em camadas com idade aproximada de 233 milhões de anos. Deste modo, a descoberta ajuda a preencher uma lacuna do conhecimento sobre a origem dos dinossauros.
A nova espécie recebeu o nome de Amanasaurus nesbitti. O primeiro nome significa "lagarto da chuva". Esse nome foi escolhido porque, no momento em que esse animal existiu, houve um período de muitas chuvas e umidade, conhecido como Evento Pluvial Carniano. O segundo nome - nesbitti - faz referência ao paleontólogo norte-americano Sterling Nesbitt, um dos principais responsáveis pelas pesquisas sobre o grupo ao qual a nova espécie pertence.
Os materiais recuperados incluem restos das pernas de dois indivíduos. De acordo com estimativas utilizando os fósseis do maior espécime, o animal teria cerca de 1,3 metros de comprimento. Além disso, uma série de características dos ossos permite concluir que o animal pertenceu a um grupo chamado de Silesauridae. Esse é um grupo bastante relevante no que tange à origem dos dinossauros, uma vez que, para alguns pesquisadores, eles seriam os parentes mais próximos dos dinossauros.
Cerca de 233 milhões de anos atrás, no momento em que o animal descoberto viveu, as principais linhagens de dinossauros estavam começando a se estabelecer nos ecossistemas terrestres. Por conta disso, acreditava-se que os silessauros tivessem sido afetados pela competição com os outros dinossauros, tornando-se relativamente menores. Porém, a descoberta do Amanasaurus nesbitti mostrou que o tamanho corpóreo dos silessauros não foi drasticamente afetado. Na verdade, eles atingiam tamanhos similares aos de dinossauros de outras linhagens. 
Essa elevada diversidade de formas de dinossauros em camadas com aproximadamente 233 milhões de anos se equipara à mesma diversidade observada em camadas com cerca de 225 milhões de anos, momento em que as principais linhagens de dinossauros já estavam bem estabelecidas. Por muitos anos acreditava-se que, assim que os dinossauros surgiram, as formas aparentadas foram rapidamente substituídas por eles, que seriam mais adaptados. A nova espécie e uma série de outras descobertas realizadas ao redor do mundo não suportam esse modelo, revelando que a origem e evolução inicial dos dinossauros foi um fenômeno muito mais complexo, marcado por uma explosão de diversidade de formas e espécies.
Comentários CORRIGIR TEXTO
CONTEÚDO PUBLICITÁRIO