Vem crescendo a demanda por serviços de saúde em São Borja, de acordo com levantamento da prefeitura. Trata-se da unidade ligada à secretaria municipal de Saúde (SMS) que faz encaminhamento e regulação de consultas e exames de média e alta complexidade, chamado de MAC.
Em São Borja, havia uma grande demanda reprimida por exames especializados, como de tomografia computadorizada e de ressonância magnética. A coordenadora do MAC, enfermeira Giovana Bogo, prevê, porém, que agora a fila de espera deve praticamente desaparecer. Além de passada a fase aguda da pandemia, agora recursos financeiros foram disponibilizados para a realização dos exames.
"A previsão é que serão realizados cerca de 1.200 exames em atraso. Através de gestão compartilhada dos recursos entre o município e o Hospital Ivan Goulart (HIG), devem ser feitas 600 tomografias e outras 600 ressonâncias. Os serviços já são prestados pelo Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) do hospital. Além de mais agilidade, isso dá mais conforto a nossos pacientes", afirma o prefeito, Eduardo Bonotto.
A rotina de deslocamentos para consultas, exames e tratamentos em outras cidades registrou diminuição, mas não cessou durante a pandemia. Agora, no entanto, o fluxo praticamente dobrou. "A maioria dos pacientes busca atendimentos para doenças cardíacas, pulmonares e renais", destaca a secretária municipal de Saúde, Sabrina Loureiro. Essa alta demanda pode estar relacionada à sequelas da Covid.
A secretária chama a atenção para os serviços no campo oftalmológico, agora com serviços agilizados e consultas sendo realizadas em São Borja. "Dois médicos da especialidade, contratados pelo município, garantem 300 consultas por mês pelo SUS na cidade", diz ela. Contudo, pacientes são levados para outras cidades, para atendimentos especializados e cirurgias oftalmológicas. Os deslocamentos são para centros médico-hospitalares especializados principalmente para Santo Ângelo, Ijuí, Santa Rosa, Passo Fundo, Lajeado, Porto Alegre, Santa Maria e Uruguaiana.