Foi inaugurado em São Sepé, o novo centro comercial, que será chamado de Mercado Público. A centralização de camelôs, vendedores ambulantes, artesãos, feirantes e demais autônomos no mesmo ambiente é fruto da parceria entre o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a prefeitura de São Sepé.
O objetivo foi atender a uma antiga demanda de organização e ordem na ocupação das calçadas da cidade e proporcionar maior segurança com a retirada da clandestinidade dos comerciantes irregulares que antes estavam espalhados por toda a cidade. O novo mercado está localizado na rua Sete de Setembro, região central da cidade, onde antes funcionava a Estação Rodoviária.
O local foi totalmente reformado para se adequar às normas estruturais de estabelecimentos públicos, proporcionando segurança e um amplo ambiente arejado, com boa iluminação, disponibilidade de internet via wi-fi, 17 boxes já montados para os comerciantes, banheiros com acessibilidade, além de refeitório. A área externa foi destinada para feirantes de segmentos variados e conta ainda com estacionamento.
Conforme o promotor de Justiça, Cláudio Estivallet Júnior, que esteve na inauguração, as primeiras denúncias e notificações com relação aos ambulantes na cidade foram registradas junto ao MPRS em 2013, com imagens de ocupações que impediam a circulação de pedestres, principalmente aqueles com necessidades especiais, trazendo riscos às crianças, idosos que se espremiam, entre os automóveis, nas vias movimentadas de São Sepé. "É importante registrar que a desorganização vivenciada na cidade era exercida tanto pelos ambulantes, aqueles que não detinham ponto fixo, quanto pelos proprietários e locatários de pontos fixos ao longo de toda a região central. Além da ocupação irregular de calçadas e vias públicas, os comerciantes e consumidores não tinham de segurança, seja ela de natureza sanitária, pública e econômica, sem acesso à banheiros, local de alimentação adequado para o fluxo grande e constante de pessoas", conta o promotor.
Em 2017, apesar das notificações, relatórios e vistorias emitidas pela Prefeitura e sob fiscalização do Ministério Público, foi necessário, segundo ele, um passo mais ousado e que envolvesse a participação de toda a sociedade para dar fim aos problemas noticiados. Por fim, foi enviado à Promotoria de Justiça pelo prefeito o comunicado de que havia um estudo de realocação dos camelôs para execução das atividades comerciais sem prejuízos aos direitos básicos dos demais cidadãos. O projeto foi aprovado pela Câmara de Vereadores e o resultado é o espaço recém-inaugurado.