Os consumidores estão dispostos a investir mais em presentes no Dia dos Pais deste ano em Caxias do Sul. A tradicional pesquisa de intenção de compras do Núcleo de Informações da CDL local apurou que, apesar da estabilização na pretensão de aquisição, o tíquete médio para a data pode ter aumento de 22%, chegando a R$ 239,52. Em 2021 o valor estimado era de R$ 196,33 e em 2020 de R$ 188,48. Com um maior investimento nos produtos, a expectativa é que neste ano as vendas para o Dia dos Pais tenham um incremento de 16,8% no comércio caxiense.
Mais de 65% dos consumidores consultados na pesquisa irão presentear os pais, 24,72% os parceiros e 4,19% os sogros. Dos participantes que responderam que não irão às compras para a data (50,75%), praticamente metade é por não ter quem agraciar, e outros 22% não tem uma boa relação com o pai.
"O aumento no tíquete médio é explicado por duas variantes. A primeira delas é a elevação nos preços, de modo geral, mesmo com dois meses de deflação. O segundo ponto é um melhor resultado da economia, com crescimento constante no saldo de empregos formais no município, o que possibilita mais renda para a população. Ou seja, as pessoas estão percebendo que vão precisar investir mais para comprar um presente, mas elas também estão podendo gastar mais neste ano. Estamos otimistas com esses sinais de crescimento e de retomada", avalia Cleber Figueredo, coordenador de Tecnologia, Informação e Inovação da CDL Caxias do Sul.
Neste Dia dos Pais, o favoritismo por lojas em shoppings e em bairros voltou a crescer, chegando, a 29,84% e 16,39% das escolhas, respectivamente. Comparado ao ano anterior, a procura pelos presentes em centros comerciais e nos estabelecimentos fora da área central podem dobrar.
Segundo Figueredo, durante a pandemia, os lojistas de shopping perderam uma parcela das vendas por conta das restrições. Ainda em aosto de 2021, os espaços estavam com os atendimentos limitados e as pessoas ainda tinham receio de frequentar. Esse cenário só começou a mudar próximo da Black Friday, em novembro.
"Neste ano, temos uma perspectiva muito melhor com o atendimento normalizado. Os estabelecimentos estão focados em atrair o público novamente para os shoppings. Percebemos que os empreendimentos estão investindo muito em marketing, em promoções, utilizando os recursos que foram pouco utilizados nos últimos dois anos para chamar o consumidor", analisa.
No mesmo período, segundo o coordenador de Tecnologia, Informação e Inovação, também houve uma migração dos clientes para lojas mais próximas às suas rotinas. "Percebemos que muitos negócios estão abrindo unidades nos bairros para ficarem mais perto do público. O consumidor está buscando facilidades, sem precisar enfrentar obstáculos como estacionamento e até mesmo os próprios ambulantes nas calçadas da área central, que dificultam a circulação e entrada nos espaços", pontua Figueredo.