A prefeitura de Santa Maria recebeu, nesta segunda-feira (11), o levantamento técnico completo da estrutura da antiga Estação Férrea, a Gare. O trabalho foi contratado pelo município e servirá de base para a obra de revitalização do patrimônio histórico que começou a ser construído no final do século XIX. Para que seja lançado o processo licitatório da reforma, ainda precisam ser concluídos os projetos hidrossanitário e elétrico e o Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), que já foram providenciados.
Entre os documentos, constam a identificação das danificações dos pavimentos (a plataforma de embarque, o pavilhão anexo e o abrigo das locomotivas), as orientações do que deve ser feito para corrigir as chamadas patologias, dados históricos sobre a construção, o orçamento de uma futura obra e um guia com sugestões de uso para o local.
"Santa Maria é uma cidade ferroviária. Esse levantamento faz o resgate histórico da Gare. Portanto, teremos uma Estação Férrea linda para a nossa comunidade", afirmou, na ocasião, o prefeito Jorge Pozzobom.
Para o vice-prefeito Rodrigo Decimo, essa é mais uma etapa cumprida para que o Distrito Criativo Centro-Gare ganhe vida. A estrutura é um dos pilares da iniciativa de revitalização do Centro Histórico a partir da economia criativa. "Esses estudos são o sinal verde que precisávamos para avançar na restauração do prédio. Eles nos fornecem dados e parâmetros. Vamos manter o máximo da originalidade possível. E, além da reforma, vamos trabalhar para ter na Gare um espaço de cultura e lazer que seja efetivamente ocupado pela população", explicou.
Os documentos entregues à Prefeitura são resultado do maior estudo já realizado na Gare ,a fim de garantir uma obra com efeitos permanentes ao município. Além da recuperação das edificações, o escritório de arquitetura estabeleceu, inclusive, quais são as melhores condutas para preservar a obra, especificando até mesmo os produtos que devem ser utilizados na limpeza do local, por exemplo. O levantamento técnico também atualiza o projeto de revitalização que foi elaborado em 2014 pelo então Escritório da Cidade, atual Instituto de Planejamento (Iplan), mas que não chegou a ser executado.