A Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado promoveu audiência pública sobre a questão do saneamento básico em Barra do Ribeiro. A proposição e a condução do debate foram da deputada Stela Farias (PT). Representantes da comunidade e da Corsan participaram do encontro, realizado em formato híbrido.
O objetivo da audiência, conforme Stela, era obter da Corsan uma perspectiva para a retomada das obras, que iniciaram em 2018 e foram paralisadas um ano depois. A deputada informou que os recursos para essa obra foram da Funasa, por meio do PAC 2, no valor de R$ 8 milhões. "É uma obra fundamental para a balneabilidade daquela região, que depende do turismo", afirmou. Ela também manifestou preocupação com a privatização da Corsan, cujas ações devem ser vendidas na bolsa de valores em julho.O vereador de Barra do Ribeiro, Jorge Leandro Caldas defendeu a retomada das obras. Ele também fez uma retrospectiva das obras e relatou que, no ano passado, os vereadores do município estiveram reunidos com a Corsan e as informações apresentadas naquela ocasião são as mesmas trazidas na audiência de hoje. "É importante sairmos com uma previsão de quando a obra será retomada", cobrou.
O superintendente de Gerenciamento de Obras da Corsan, Luciano Farina Marcon, informou que a obra foi iniciada em junho de 2018 e, desde o início, a empresa contratada realizou um trabalho muito aquém do desejável, não apenas em Barra do Ribeiro, mas também em outros municípios onde venceu a licitação. Em função disso, a Corsan, então, notificou a empresa e, após, em abril de 2019, rescindiu o contrato, realizou um processo administrativo e aplicou multa. Cerca de 10% a 15% da obra teria sido concluída antes da rescisão do contrato.
Para o fechamento do asfalto na avenida principal e execução de um trecho de rede de esgoto, foi feito um convênio com a prefeitura em 2019. Conforme Marcon, do valor disponível de R$ 8 milhões, foram contratadas obras no valor de R$ 3,8 milhões, mas o valor utilizado foi de R$ 1 milhão. Ele esclareceu que o contrato rescindido não tem como ser recuperado, já que a segunda colocada na licitação não teve interesse em assumir a obra. Então, será preciso fazer uma nova licitação para concluir a primeira etapa e realizar a segunda (elevatórias e estação de tratamento). A partir da assinatura desse novo contrato, segundo Marcon, a empresa teria 30 meses para realizar o trabalho.