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PALEONTOLOGIA Notícia da edição impressa de 22 de Junho de 2022.

Dom Pedrito abriga sítio com fósseis de 260 milhões de anos

Localidade de Cerro Chato foi descoberta em 1951 e possui amplo acervo de plantas e animais históricos

Localidade de Cerro Chato foi descoberta em 1951 e possui amplo acervo de plantas e animais históricos


/Ferraz et al/DIVULGAÇÃO/CIDADES
Agências
Paleontólogos de três universidades do Rio Grande do Sul reencontraram um sítio fossilífero perdido por mais de 70 anos nas imediações da cidade de Dom Pedrito, coração da região da Campanha e cidade que faz fronteira com o Uruguai. Há cerca de 260 milhões de anos, antes mesmo dos primeiros dinossauros, estavam presentes as condições ambientais ideais para a preservação dos organismos que habitavam essa área no passado, os quais, por meio do registro fóssil, ficaram resguardados em finas camadas de rocha e, agora, aos poucos, vão sendo revelados.
Paleontólogos de três universidades do Rio Grande do Sul reencontraram um sítio fossilífero perdido por mais de 70 anos nas imediações da cidade de Dom Pedrito, coração da região da Campanha e cidade que faz fronteira com o Uruguai. Há cerca de 260 milhões de anos, antes mesmo dos primeiros dinossauros, estavam presentes as condições ambientais ideais para a preservação dos organismos que habitavam essa área no passado, os quais, por meio do registro fóssil, ficaram resguardados em finas camadas de rocha e, agora, aos poucos, vão sendo revelados.
A localidade onde os fósseis foram resgatados é conhecida como Cerro Chato, tendo sido descoberta e descrita pela primeira vez em 1951 por pesquisadores que realizavam mapeamento geológico no Pampa gaúcho. Naquela oportunidade, fósseis, especialmente de plantas, foram coletados e descritos, evidenciando desde então a importância do sítio fossilífero para a paleontologia nacional. Os recursos tecnológicos disponíveis na época, no entanto, não permitiram o referenciamento geográfico exato do sítio fossilífero, que teve sua localização perdida por sete décadas.
Finalmente, em 2019, o sítio paleontológico foi novamente localizado, em um esforço conjunto que contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), da Universidade do Vale do Taquari (Univates) e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). "Esse local representa um verdadeiro tesouro para a paleontologia mundial, em especial para os estudos sobre a evolução florística de um singular período geológico da história da Terra, o Permiano", explica a doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento da Univates, Joseline Manfroi, paleobotânica que compõe a equipe de pesquisadores responsáveis pelas descobertas.
Os cientistas já coletaram mais de 100 espécimes de fósseis de plantas, estando entre eles grupos pertencentes aos antepassados das atuais coníferas e samambaias e também fósseis de animais, como peixes e moluscos. Os fósseis coletados estão depositados na coleção científica do Laboratório de Paleobiologia da Unipampa, em São Gabriel.
"Os fósseis que estamos estudando têm importância mundial, pois são testemunhos diretos das mudanças ambientais que ocorreram durante o período Permiano. Esses estudos nos ajudarão a resgatar informações sobre a distribuição dessas plantas ao redor do mundo, além de colher evidências sobre como era o clima da época. Este novo local vai atrair muitos olhares para o RS", diz Joseane Salau Ferraz, pesquisadora. O final do período Permiano, de quando datam os fósseis encontrados, é marcado pela mais severa extinção em massa conhecida ao longo do tempo geológico, quando mais de 90% da vida na Terra foi dizimada devido a intensas perturbações climáticas.
Os proprietários da fazenda onde o sítio fossilífero está localizado e a prefeitura de Dom Pedrito foram peças fundamentais durante o trabalho de resgate de escavações, oferecendo todo o suporte necessário para as coletas. "A escavação de fósseis tão frágeis quanto os que encontramos no Cerro é um trabalho delicado. Com a ajuda da prefeitura e todo o apoio oferecido pelos proprietários, foi possível realizar uma escavação controlada e eficiente no sítio. Só assim conseguimos resgatar os fósseis mais delicados e completos", conta o paleontólogo Felipe Pinheiro, da Unipampa, que também coordena as escavações.
 
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