Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Estados Unidos

- Publicada em 26 de Agosto de 2022 às 16:16

Trump guardou documentos que podiam comprometer inteligência dos EUA, mostra mandado

Buscas na casa de Trump acirraram os ânimos no país, com diversas manifestações dos apoiadores do republicano

Buscas na casa de Trump acirraram os ânimos no país, com diversas manifestações dos apoiadores do republicano


Joseph Prezioso/AFP/JC
Após mais de duas semanas de queda de braço com o ex-presidente dos EUA Donald Trump, o Departamento de Justiça divulgou nesta sexta-feira (26) o mandado de busca da operação que apreendeu documentos na casa do republicano no último dia 8, investida inédita contra um ex-presidente do país.
Após mais de duas semanas de queda de braço com o ex-presidente dos EUA Donald Trump, o Departamento de Justiça divulgou nesta sexta-feira (26) o mandado de busca da operação que apreendeu documentos na casa do republicano no último dia 8, investida inédita contra um ex-presidente do país.
O documento explicita as razões pelas quais foi preciso mandar a polícia à casa do republicano, em um gesto que acirrou os ânimos no país, com direito a atentados de apoiadores do republicano contra agentes de segurança.
De acordo com o material divulgado, entre 16 e 18 de maio, antes da operação feita em agosto, agentes do FBI, a polícia federal norte-americana, analisaram caixas entregues pelo ex-presidente ao Arquivo Nacional, após insistência do órgão e passado um ano que o republicano deixou a presidência, e encontraram 184 documentos, 64 deles marcados como confidenciais, 92 como secretos e 25 como ultrassecretos - uma série deles tem anotações do ex-presidente.
Segundo o mandado, um acesso não autorizado a esse material poderia "resultar em dano à segurança nacional". Havia documentos apontando "fontes humanas clandestinas", que podem descrever operações, técnicas e procedimentos de agentes de inteligência no exterior, por exemplo.
O mandado autoriza agentes de segurança a apreender "todos os documentos e registros que constituam evidência, contrabando, frutos de crimes ou outros itens possuídos de forma ilegal". Entre os possíveis crimes pelos quais o republicano é investigado, estão violações na lei de espionagem, além de obstrução de justiça e destruição de documentos oficiais. Com 38 páginas, o documento divulgado tem uma série de passagens inteiras cobertas com uma tarja, sob a justificativa de "proteger a segurança e a privacidade de um número significativo de testemunhas civis, além de agentes de segurança, bem como proteger a integridade da investigação em curso."
Havia resistência no Departamento de Justiça, órgão ao qual é subordinado o FBI, que executou a operação, em trazer à luz o mandado, sob o argumento de que atrapalharia as investigações em andamento. Uma série de empresas de jornalismo, como o New York Times e o Washington Post, também entraram na disputa e moveram ações judiciais pedindo a liberação do material, sob o argumento que o interesse público se sobrepõe a outros motivos para o sigilo.
O Departamento de Justiça do país tem avançado contra Trump também em outras frentes, além da busca por documentos supostamente confiscados. O órgão tem ouvido pessoas próximas ao republicano como testemunhas em investigação sobre o envolvimento do ex-presidente no ataque ao Congresso em 6 de janeiro de 2021.
Na ocasião, uma turba de apoiadores insuflada pelo político invadiu o prédio do Capitólio buscando interromper a sessão de certificação da vitória de Joe Biden nas eleições. Trump alegava - e continua a fazê-lo hoje - que o pleito teria sido fraudado; a Justiça norte-americana nunca encontrou evidência de que isso pode ter ocorrido.
FOLHAPRESS
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO