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Israel

- Publicada em 30 de Junho de 2022 às 16:32

Israel dissolve Parlamento e se prepara para 5ª eleição em quatro anos

Bennett (d) será substituído até as eleições pelo centrista Yair Lapid, atual chanceler

Bennett (d) será substituído até as eleições pelo centrista Yair Lapid, atual chanceler


MENAHEM KAHANA/AFP/JC
Agência Estado
Parlamentares de Israel votaram nesta quinta-feira (30) pela dissolução do Parlamento, após o colapso da coalizão governista liderada pelo primeiro-ministro ultranacionalista Naftali Bennett. O premiê será substituído à meia-noite pelo centrista Yair Lapid, atual ministro das Relações Exteriores israelense, que assume interinamente.
Parlamentares de Israel votaram nesta quinta-feira (30) pela dissolução do Parlamento, após o colapso da coalizão governista liderada pelo primeiro-ministro ultranacionalista Naftali Bennett. O premiê será substituído à meia-noite pelo centrista Yair Lapid, atual ministro das Relações Exteriores israelense, que assume interinamente.
A dissolução do Parlamento, aprovada por 92 votos a favor e nenhum contrário, de um total de 120 cadeiras no Knesset, abriu caminho para a quinta eleição em quatro anos no país. Antes da votação, os deputados estabeleceram 1º de novembro com a data para as próximas legislativas - que deve ter o ex-premiê Benjamin Netanyahu no centro da disputa.
Netanyahu deixou o governo há pouco mais de um ano, após ser derrotado por uma improvável coalizão que reuniu oito partidos de direita, esquerda e centro, incluindo ultranacionalistas e minorias árabes - algo histórico em Israel - que tinha como principal objetivo acabar com 12 anos ininterruptos de governo Netanyahu.
"Eles prometeram mudanças, falaram em cura, realizaram um experimento - e o experimento falhou", disse Netanyahu aos parlamentares antes da votação no Knesset. "Isso é o que acontece quando você pega uma falsa direita junto com uma esquerda radical e mistura com a Irmandade Muçulmana e a Lista Conjunta (do partido árabe)", acrescentou.
Pesquisas de opinião recentes mostram que o Likud, partido que tem o ex-premiê como maior expoente, segue sendo a sigla mais popular do país. As pesquisas não apontam, contudo, maioria clara para nenhum candidato em novembro.
Após ver sua coalizão perder a maioria na Câmara e se esfacelar, Naftali Bennett afirmou que não voltará a concorrer. Em um comunicado nesta quarta-feira, o milionário da tecnologia e ex-comandante militar disse que o governo deixou um país "próspero, forte e seguro" e mostrou que partidos de diferentes extremidades do espectro político podem trabalhar juntos.
No cenário interno, o chanceler Yair Lapid, jornalista e ex-astro da TV, deve ocupar o principal papel de oposição. Na semana passada, Lapid pediu unidade dos israelenses. "O que precisamos agora é voltar ao conceito de unidade israelense e não deixar que as forças da sombra nos dividam".
"Teremos outro governo Lapid que será um fracasso ou um governo de direita liderado por nós? Nós somos a única alternativa! Um governo forte, nacionalista e responsável", declarou Netanyahu, iniciando de maneira antecipada a campanha eleitoral.

Caminho até a queda da coalizão Bennett-Lapid

Em 6 de junho, a oposição no Parlamento provocou um revés para a coalizão Bennett-Lapid, ao reunir maioria contra a renovação da "lei dos colonos", um dispositivo que a Câmara deve aprovar a cada cinco anos. Esta lei deveria ser renovada até 30 de junho, pois, em caso contrário, os colonos da Cisjordânia - território palestino ocupado por Israel desde 1967 - corriam o risco de perder a proteção legal com base no direito israelense. Bennett, fervoroso defensor das colônias, ilegais para o direito internacional, não poderia correr o risco de provocar uma situação caótica e preferiu encerrar o seu governo.
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