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Relações Internacionais

- Publicada em 18 de Fevereiro de 2022 às 17:00

Separatistas preparam retirada após pior bombardeio em anos no leste da Ucrânia

Cerca de 600 explosões foram registradas na manhã de sexta-feira (18) no leste da Ucrânia

Cerca de 600 explosões foram registradas na manhã de sexta-feira (18) no leste da Ucrânia


Aleksey Filippov/AFP/JC
Separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia disseram nesta sexta-feira (18), que planejam retirar os moradores de sua região para enviá-los à Rússia após bombardeiros intensos na região. Vendo a situação como uma nova escalada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reúne nesta sexta com outros líderes ocidentais.
Separatistas apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia disseram nesta sexta-feira (18), que planejam retirar os moradores de sua região para enviá-los à Rússia após bombardeiros intensos na região. Vendo a situação como uma nova escalada, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reúne nesta sexta com outros líderes ocidentais.
O anúncio de retirada foi feito por Denis Pushilin, chefe da autoproclamada República Popular de Donetsk, nas redes sociais. Segundo ele, a Rússia concordou em fornecer acomodação para aqueles que partirem. Mulheres, crianças e idosos devem ser retirados primeiro. Logo após o anúncio de Donestk, uma segunda região separatista, Luhansk, informou estar organizando planos de retiradas.
Questionado sobre os movimentos, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que não tinha informações sobre a situação e não sabia se eles estavam sendo coordenados com a Rússia, informou a agência de notícias russa Interfax.
Acredita-se que milhões de civis vivam nas duas regiões controladas pelos rebeldes no leste da Ucrânia. A maioria é falante de russo e muitos já receberam a cidadania russa.
A zona de conflito do leste da Ucrânia viu o mais intenso bombardeio de artilharia em anos nesta sexta-feira, com o governo de Kiev e os separatistas trocando acusações. Países ocidentais disseram acreditar que o bombardeio, que começou na quinta-feira e se intensificou em seu segundo dia, é parte de um pretexto russo para invadir.
Os Estados Unidos disseram que a Rússia, embora tenha dito que começou a retirar tropas perto da Ucrânia nesta semana, está fazendo o oposto: aumentou a força que ameaça seu vizinho para entre 169.000 e 190.000 soldados, dos 100.000 no final de janeiro. "Esta é a mobilização militar mais significativa na Europa desde a Segunda Guerra Mundial", disse o embaixador dos EUA, Michael Carpenter, em uma reunião na Organização para Segurança e Cooperação na Europa, com sede em Viena.
Uma fonte diplomática com anos de experiência direta no conflito descreveu o bombardeio no leste da Ucrânia como o mais intenso desde que os grandes combates terminaram com um cessar-fogo em 2015.
Ao lado do líder da Biellorrússia, Alexander Lukashenko, Vladimir Putin disse ver um agravamento da situação em Donbass, bacia onde ficam as regiões separatistas. Segundo ele, "o cumprimento dos Acordos de Minsk são a garantia para a restauração da paz na Ucrânia e para o fim das tensões em torno deste país". "Tudo o que Kiev precisa fazer é sentar-se à mesa de conversas com representantes de Donbass e concordar com medidas políticas, militares, econômicas e humanitárias para acabar com o conflito", acrescentou.
Cerca de 600 explosões foram registradas na manhã de sexta-feira, 100 a mais do que na quinta-feira, algumas envolvendo artilharia de 152 mm e 122 mm e morteiros de grande porte, informaram agências internacionais, segundo fontes. Outras autoridades contestaram essa caracterização, observando que houve períodos de combates mortais durante o cessar-fogo e que não houve relatos até agora de mortes na linha de frente nesta semana.
A Rússia nega as acusações ocidentais de que está planejando uma invasão total da Ucrânia, um país de mais de 40 milhões de pessoas, no que seria potencialmente a maior guerra da Europa em gerações. Os países ocidentais disseram esta semana que as tropas russas estão fazendo nos últimos dias o tipo de preparação normalmente vista antes de um ataque, que pode ocorrer em poucos dias.
Moscou, por sua vez, disse que está observando de perto a escalada de bombardeios no leste da Ucrânia, onde as tropas do governo enfrentam rebeldes apoiados por Moscou desde 2014. Ele descreveu a situação como potencialmente muito perigosa.
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