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Saúde

- Publicada em 19 de Janeiro de 2023 às 20:32

Cirurgias eletivas serão prioridade no RS em 2023, afirma secretária de Saúde Arita Bergmann

Novas propostas para hospitais de pequeno porte serão levadas ao Avançar na Saúde, diz Arita

Novas propostas para hospitais de pequeno porte serão levadas ao Avançar na Saúde, diz Arita


ISABELLE RIEGER/JC
Fabrine Bartz
Diminuir filas de cirurgias, consultas, exames e procedimentos eletivos no Rio Grande do Sul são alguns dos objetivos do programa Cirurgias , lançado pelo governo do Estado em maio passado. Com investimento de R$ 85 milhões em recursos do tesouro, que perdura ao longo de 12 meses, é possível que o tempo de espera por atendimentos seja menor em 2023. Além da ampliação do número de consultas e da realização de cirurgias eletivas, de acordo a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, uma das prioridades da pasta neste segundo mandato do governador Eduardo Leite (PSDB) será a criação de um Centro de Referência da Saúde da Mulher, que irá realizar os atendimentos de forma integrada.
Diminuir filas de cirurgias, consultas, exames e procedimentos eletivos no Rio Grande do Sul são alguns dos objetivos do programa Cirurgias , lançado pelo governo do Estado em maio passado. Com investimento de R$ 85 milhões em recursos do tesouro, que perdura ao longo de 12 meses, é possível que o tempo de espera por atendimentos seja menor em 2023. Além da ampliação do número de consultas e da realização de cirurgias eletivas, de acordo a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, uma das prioridades da pasta neste segundo mandato do governador Eduardo Leite (PSDB) será a criação de um Centro de Referência da Saúde da Mulher, que irá realizar os atendimentos de forma integrada.
Jornal do Comércio - Entre as pautas da saúde, qual será a prioridade deste ano?
Arita Bergmann - Uma das prioridades, que nós já evoluímos com o programa Assistir - ampliando os ambulatórios de especialistas - é aumentar o número de consultas e expandir os serviços de cirurgias eletivas, com o objetivo de reduzir o tempo de espera por atendimento. Para isso, estamos regularizando o acesso na central de consultas. Fizemos o programa Cirurgias , mas estamos aguardando uma posição do Ministério da Saúde sobre o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Vamos continuar cumprindo o compromisso do primeiro governo. Este é um governo da evolução e vamos seguir com aquilo que vem dando certo.
JC - Uma das promessas da campanha de Leite foi a construção de ambulatórios regionais de Saúde da Mulher. Onde e como será feito?
Arita - O Centro de Referência da Saúde da Mulher ainda está sendo estruturado, mas é prioridade. Dentro do Assistir, já temos ambulatórios de ginecologia. Queremos ampliar para termos, no mínimo, um centro de referência da Saúde da Mulher em cada macrorregião para evoluirmos depois. Isso tudo está em construção e dependerá dos recursos destinados, mas queremos aproveitar as estruturas já existentes. Como temos um recurso do Tribunal de Justiça (TJRS) para atendimento em oncologia, isso também será um referencial para a saúde da mulher, principalmente em exames, biópsias, consultas e cirurgias. Já queremos anunciar a rede neste ano. O que temos que decidir é se será colocado um por macrorregião, que depois se desdobre por regiões de saúde, ou se será de outra forma. Há duas formas de recursos: pelo Avançar, quando precisa de alguma reforma e equipamento, e pelo Assistir, programa da área hospitalar e ambulatorial que dá incentivo para os hospitais em tipos de serviço.
JC - Além dos ambulatórios regionais da Saúde da Mulher, serão construídos seis ambulatórios da Pessoa Idosa…
Arita - Vamos colocar um por macrorregião. Um já está em Santa Maria. Sempre ouvimos os hospitais e municípios, não decidimos de cima para baixo. Consultamos e discutimos. Além disso, iremos implementar 18 centros para pessoas do espectro autista.
JC - Em relação ao Avançar na Saúde, alguma pendência de 2022 será executada neste ano?
Arita - O Avançar na Saúde foi o maior investimento feito por um governo, tanto para construção, reforma e ampliação de Unidades Básicas de Saúde quanto para equipar e fazer obras em hospitais. Foram R$ 542,5 milhões. Deste total, R$ 399 milhões foram para hospitais, R$ 35 milhões, para a rede básica, e R$ 127 milhões, para postos de saúde. O recurso também foi para infraestrutura da secretaria. Compramos computadores e mais de 50 automóveis para as coordenadorias regionais. A secretaria empenhou e liquidou 99% do orçamento. Neste período, vamos colher o que fizemos de convênio e transferência fundo a fundo. Inauguramos UBSs, da Rede Bem Cuidar, e iremos dar início a importantes obras como, por exemplo, o Ambulatório das Deformidades Faciais, em Lajeado. Passamos R$ 4,1 milhões, e o projeto foi aprovado. Além de centros obstétricos e UTIs, centros de hemodinâmica, centros de imagem e diagnóstico, novos leitos clínicos, também vamos ampliar a porta de entrada de urgência e emergência. A segunda tarefa do Avançar, neste ano, é encaminhar uma sugestão de pauta para novos investimentos. Iremos levar para o governador, com alguns critérios técnicos. Sempre olhamos a distribuição no mapa e verificamos as regiões com mais necessidade. Vamos levar propostas para rede básica e hospitais de pequeno porte.
JC - Em relação à vacinação, até o começo do mês, 3 milhões de gaúchos ainda não tinham tomado a 3ª dose do imunizante contra a Covid-19. O que será feito para atingir esse público?
Arita - A vacinação é um desafio não apenas da Covid-19, mas das vacinas de rotina. Temos dificuldade no cumprimento de metas. Esperamos que o Ministério da Saúde tenha uma ação ativa de coordenação nacional, através de campanhas de comunicação mais claras sobre a importância da vacina. No RS, vamos continuar trabalhando com os municípios para avaliar as melhores estratégias de vacinação e facilitar o acesso. Queremos também trabalhar com empresas, com o objetivo de levar vacinas até o local de trabalho. Além disso, queremos voltar com a experiência de 2021 de premiar os municípios com maior cobertura vacinal.
JC - No fim de 2022, o Brasil recebeu mais de 2 milhões de doses da vacina bivalente contra a Covid-19. Em que pé está o Rio Grande do Sul para conseguir fazer a distribuição da vacina?
Arita - Aguardamos com muita expectativa. No dia 25, a ministra da Saúde estará na reunião do Conass, que é o Conselho Nacional de Secretários de Saúde, e irá anunciar as campanhas de vacinação para 2023. A vacina bivalente, de acordo com o que estamos lendo e ouvindo, será dirigida para grupos vulneráveis e, talvez, não seja uma vacina para todas as faixas etárias. Aguardamos também uma posição em relação à vacina da Influenza, pois, aqui no RS temos um inverno mais frio, e tentaremos antecipar. A dose de reforço da Covid-19 já está autorizada na faixa de cinco a 11 anos, temos que ampliar, mas ainda não temos doses, assim como a vacina baby para crianças de seis meses a quatro anos, 11 meses e 29 dias. Se aguarda novas informações do Ministério da Saúde.
JC - Em entrevista a Rádio A hora, de Lajeado, Leite mencionou a contratação de profissionais da saúde de todas as especialidades em todos os municípios. Como funcionará na prática?
Arita - O Estado não é prestador de serviços direto à população, o Estado contrata serviço. Tem a equipe que faz a execução do orçamento, a que cuida da área de vigilância, que é fundamental, a da área de regulação, contratualização de serviços hospitalares e ambulatoriais e tem a área que coordena a ação primária em saúde. Como o Estado faz? Ele repassa recursos de incentivo para os hospitais, uma contrapartida para que as instituições tenham recursos para contratar.
JC - Nos últimos anos, houve aumento do número de teleconsultas no Brasil e no mundo. A SES pretende utilizar o recurso de que forma em 2023?
Arita - Iremos trabalhar incentivando a telessaúde através de teleconsulta com especialistas. No inverno, as emergências dos pequenos hospitais estavam com muitas crianças com doenças respiratórias. Normalmente, os hospitais têm atendimento pediátrico, mas o médico não é intensivista na área de pediatria. Então, por exemplo, contratamos um serviço de tele UTI pediátrica. Esse grupo, orientava o médico que estava no pronto-socorro lá no Interior. É uma forma de contratar serviços de excelência. Além disso, no novo governo, queremos implementar o serviço de tele neuro, tele traumato de urgência e emergência para acompanhar as equipes. Durante a Covid-19, tivemos a tele UTI adulto, com suporte de uma equipe de São Paulo.
JC - Como funcionam as verbas destinadas para este serviço?
Arita - De teleconsulta a tele neuro, tudo isso precisa caber dentro do orçamento. Precisamos planejar. O que posso dizer é que temos um orçamento justo, que é de conhecimento público, com administração das alíquotas do ICMS. Então, estamos trabalhando com o mesmo orçamento de 2022. Avaliamos e remanejamos para esta área de tele, mas isso tudo será gradativo. Já temos uma reunião com a nova secretária da Fazenda para organizar 2023 e tentar nos adequarmos dentro do que está disponível.
 
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